1980
SINOPSE:
Laurie finalmente retornou a Idlewood, a amada casa da família que ficava nas florestas de Maryland e onde ela encontrou conforto e amor quando criança. Mas as coisas estão muito diferente agora. Não há paz em Idlewood. O som sobrenatural de uma flauta distante quebra a quietude das noites de inverno. Eventos randômicos tem adquirido formas sinistras e a querida tia Lizzie está convencida de que fadas existem - e ela tem fotografias para provar. Para Laurie algo se tornou perturbadoramente claro: há algo lá fora, na floresta - algo inamistoso, malevolente e humano - e as vidas dos seus amados tios, assim como a dela própria, estão em risco.
COMENTÁRIOS:
A protagonista, Laurie Carlson, começa este livro pensando sobre um relacionamento que acabou de chegar ao fim de forma desastrosa e sobre a sua dissertação de graduação em História medieval, mas em poucos parágrafos, a história dá uma guinada.
Laurie havia sido criada pelos tios avós Morton (um tio e duas tias, sendo que a sua avó já estava morta na época) e, logo no inicio da história, ela recebe uma carta da tia Ida demonstrando preocupação com a irmã mais nova, a tia Lizzy (que no caso estava literalmente caçando fadas).
Para intensificar a preocupação, seu meio irmão, Doug Wright, telefona na sequência, contando que também havia recebido uma carta da tia Ida. Como resultado da conversa os dois decidem visitar os tios o mais breve possível, viajando juntos para a casa da família Morton, chamada Idlewood, em Maryland.
Eles encontram tudo normal e ao mesmo tempo diferente. Há um inquilino no chalé da propriedade chamado Jeff, um escritor que ajuda na manutenção da casa e cumpre algumas tarefas para os irmãos.
Os meio irmãos se sentem culpados por terem ficado dois anos sem visitar os tios, envolvidos em suas vidas (Doug com um escritório de arquitetura que ia de mal a pior e Laurie encerrando sua graduação) e resolvem ficar na casa da família por algumas semanas, até descobrirem o que está errado.
Tia Ida não quer falar sobre o assunto, apesar de ter enviado as cartas, tia Lizzie foge sempre que se toca na palavra "fadas" e o tio Ned parece não saber de nada (alias, ele tem uma cachorra divertida e fofa, enquanto dois gatos também vivem na casa).
O pouco que a dupla de "investigadores" consegue descobrir logo de cara é que tia Ida está muito cansada e estressada e que tia Lizzie tem fotografias de fadas que ela alega serem reais. Depois de muita insistência Laurie consegue ver estas fotos e fica em choque, pois as tais fotos parecem verdadeiras. A tia alega que quem lhe deu as imagens fora uma das meninas Wilson, família que arrendava uma fazendinha na propriedade dos Morton.
As coisas começam a piorar quando Laurie começa a ouvir flautas sendo tocadas durante a madrugada, começa a ver estranhas luzes flutuantes no jardim, tia Lizzie tenta sair de casa sonambula, a moça é atropelada pelo carro da família... junte tudo isso ao relacionamento engraçado e ao mesmo tempo difícil dos irmãos, que não se viam desde crianças e não se comportam como irmãos, o faz tudo da casa extremamente bonito, a família das meninas cujo pai fanático religioso não quer saber de coisas pagãs como fadas e segredos do passado e bum... um livro divertido ao estilo mais Barbara Michaels.
Alguns dos livros de Peters / Michaels são muito engraçados, alguns me fazem lembrar de Mary Stewart, outros são mais densos, mais dramáticos, ou então envolvem sobrenatural. Este é do tipo engraçado lembrando Mary Stewart e valeu a leitura. Há ironia, um tom de cinismo, uma bela descrição do ambiente, personagens dos quais é fácil gostar (especialmente Doug) e, apesar de ter sido escrito nos anos 80, eu visualizei a história como se fosse nos anos 60, pois foi a sensação que eu tive. Já vi que muitas pessoas reclamam de livros "datados". Eu confesso que gosto de livros com estas características, pois é como viajar no tempo.
Recomendo e está na minha lista dos cinco favoritos Peters / Michaels.
EBOOK (Inglês)!
Capa vintage.
Sempre as melhores.
Eu acho que deveria ter uma fada nesta capa,
e não um pássaro.
Alias, não entendi o porquê deste pássaro.