As Gêmeas - Cena


Relendo este livro para me encontrar e poder escrever a terceira parte.
Gosto particularmente da dinâmica destes dois :-)

Parte de um dos capítulos - Parte II: Mona e Craig.


-Não me leve a mal... eu fiz esta pergunta apenas a você. Vou colocar a culpa na chuva, no fato de estarmos apenas os dois aqui e no seu rostinho confiante.
-Rostinho confiante?!
Ela repetiu, em meio as risadas. Ele permaneceu recostado na poltrona olhando para ela de forma indolente.
-Você está me tratando como se eu fosse criança, senhor Danell. Não acredito que você seja muito mais velho que eu.
-Talvez uns dez anos, ou mais... sou péssimo para precisar a idade de uma mulher. Quanto a estar tratando você como a uma criança, não, eu não estou fazendo isso. Não penso em bonecas e lacinhos de fita quando olho para você...oh...talvez eu pense em laços de fita.
Abriu um largo sorriso e Mona respondeu ao sorriso dele, apesar de ter ficado sem jeito.
-Posso entender porque você faz sucesso com as mulheres.
Murmurou, mais consigo mesma do que com ele.
-Não posso negar que eu faço sucesso com as mulheres. Devem ser meus belos olhos azuis.
-E o corpo.
-Eu trabalho para isso.
-Mas sem duvida não pode ser a arrogância e a maneira de olhar
-O que há de errado com o meu olhar?
-Ofensivo!
-Ah, aí está! Eu disse que tinha ofendido você.
-E eu repito que não, conversar com você está sendo bem divertido. Eu não me sinto particularmente ofendida pela sua forma de me olhar como se eu fosse mais um objeto do que uma pessoa. Isso significa que eu sou...
-Atraente, sim.
Piscou malicioso, antes de completar.
-Você pode olhar para mim da mesma forma, eu não me incomodo.
Sem poder se controlar Mona se recostou no sofá rindo abertamente. Para a sua mais completa surpresa, estar na companhia dele a enchia de divertimento. Depois do trabalho, da chuva, de bater com o carro, cair barranco abaixo e quase morrer atolada, o dia tomara um caminho absolutamente diverso do que ela esperava. Foi com um pouco de tristeza que viu a chuva começar a amenizar. Gostaria de poder ficar mais tempo na companhia dele, mas daí já seria se impor. Ele era uma estrela de Hollywood ou algo assim e ela precisava voltar para casa, deixando-o resolver seus negócios.
-Parece que você vai conseguir escapar das minhas garras e do meu olhar ofensivo.
-Ah, pode acreditar que foi tudo muito divertido, mas eu realmente preciso voltar a realidade. Devo ligar pedindo um táxi.
-Eu levo você até sua casa.
-Mesmo?
-Claro, mas o olhar ofensivo vai conosco.
-Posso sobreviver a isso.
Sorriu para ele e colocou-se de pé.


Recomeçar a escrever algo parado há mais de um ano é difícil, 
mas depois só vai :-)

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