A Hora das Bruxas I e II

The Witching Hour - Vol 1 e Vol 2

Anne Rice


SINOPSE:


Estes são os dois primeiros volumes da série das Bruxas Mayfair e que, na minha opinião, podem ser considerados apenas um livro, já que foi separado em dois volumes apenas por ser muito extenso.

A família Mayfair, cuja ancestral havia sido queimada na fogueira em um povoado irlandês, é uma família que atraí sobre si e os que a cercam, morte e desgraça e um certo conhecimento do "oculto" que deveria ter permanecido esquecido. 
A cada geração uma Mayfair (ou um, caso mais raro) era designado para receber o poder do "homem", conhecido como Lasher e que concedia as suas bruxas certos dons, proteção e com quem se envolvia "física" e emocionalmente. 
Sem ter certeza do que era exatamente este espírito chamado Lasher, ao longo do tempo integrantes da família escolhidos por ele o classificaram como protetor, anjo, demônio e outras coisas, até mesmo escravo espiritual.
No inicio do livro Lasher ainda serve a Deirdre, que está catatônica a vários anos, sob os cuidados de 3 tias, na mansão da família, em Nova Orleans. 
A filha única de Deirdre, Rowan, havia sido retirada da mãe e enviada para longe de Nova Orleans, sendo criada por uma tia e o marido. A moça havia se tornado neurocirurgiã, com o dom de ver o que está além do que nos é revelado. Além disso, ela também tinha o dom de curar células. De posse deste dom, Rowan já havia salvado varias vidas, apesar de ter sido causadora de algumas mortes. 
O outro protagonista se chama Michael e, após permanecer morto por vários minutos, é salvo por Rowan, que o traz de volta a vida. Como consequência disso Michael adquire o poder de saber o que aconteceu as pessoas que tocaram objetos antes dele.
Estes dois personagens se sentem atraídos e acabam se envolvendo. Michael então se vê envolto por uma trama que julgava impossível de existir. Como Rowan estava proibida de retornar a Nova Orleans enquanto sua mãe estivesse viva e houvesse prometido jamais voltar a mãe que a criara, decide quebrar este juramento. Michael vai na frente (por sinal ele também nascera em Nova Orleans) e é abordado por um integrante da organização Talamasca (presente nos livros de vampiro da autora), Aaron Lightner. 
É através de Aaron que Michael fica a par da história da família Mayfair, especialmente de suas bruxas. A partir daí começamos a acompanhar, por ordem, as histórias de cada uma delas: Deborah, Charlotte, Mary Beth, Stella, Antha e muitas outras ao longo dos anos e por três continentes. 
Com a morte de Deirdre, Lasher aparece para Rowan, que parte para Nova Orleans a fim de parar com o reinado de terror do demônio (ela também fica a par da história de sua família e de Lasher).
Acontece que Michael, retornado dos mortos, tem uma missão a cumprir que não consegue lembrar e Rowan, apesar de poderosa, não havia levado em consideração os poderes de sedução e inteligência de Lasher.

COMENTÁRIOS:

O livro A Hora das Bruxas não conta apenas a história de uma família; é a história de personagens marcantes manipulados ao longo dos tempos por um espírito maligno e observados a distância por uma ordem misteriosa chamada Talamasca.

O livro é dividido em quatro partes. A primeira apresenta alguns personagens chave e nos apresenta o mistério. A segunda nos leva a época e local onde tudo começou permitindo ao leitor descobrir o que aconteceu aos integrantes da família a cada geração. A terceira parte nos leva de volta ao presente onde o romance entre Michael e Rowan se aprofunda. Na quarta parte temos o climax que nos conduz ao próximo livro da série, Lasher.
O inicio pode parecer difícil de compreender devido a quantidade de personagens, mas a medida que vamos lendo, vamos  começando a conhecer e a distinguir as personagens umas das outras, dando a elas rosto e personalidade.
Tudo tem inicio em Nova Orleans, com Deirdre Mayfair, catatônica em sua cadeira. Através dos olhos de outros personagens ficamos sabendo sobre o passado da mulher, antes dela ficar naquele estado e também conhecemos através dos olhos deles o tal homem moreno. Este inicio me encheu de curiosidade e eu não me decepcionei com as respostas, que lentamente foram surgindo. Assim como as respostas surgiam, mais mistérios me enchiam de curiosidade, o que foi me conduzindo por toda a leitura do livro.
A segunda parte da história nos traz a história da família Mayfair, ou melhor, das suas bruxas, tendo origem em uma mulher que fez um ritual e acabou invocando algo poderoso. Tudo o que sabemos nesta parte foi visto pelos olhos do Talamasca, então, algumas partes ficam em branco. Esta parte da história vai da Irlanda para a França, então para a ilha de São Domingues, chegando a Nova Orleans. As partes mais completas da narração são feitas atraves de integrantes do Talamasca que tiveram contato direto com algumas das bruxas Mayfair. Nesta narração somos envolvidos por muitos casos incestuosos a fim de aprimorar uma linha da família que resultaria na mais poderosa de todas as bruxas.
É incrivel como Ane Rice conseguiu dar personalidade a cada uma das vozes que narram a história, tornando todas importantes. Muitos pontos de vista tornam a leitura lenta, mas enriqueceram a leitura.
Em algumas passagens eu antipatizei profundamente alguns personagens, como Charlotte, Julien e Cortland, em outras um personagem do qual tinha gostado fez algo que me desgostou, como Petyr Van Able. Quando acontecimentos vividos por eles foram narrados sob suas perspectivas tive uma nova visão dos fatos e gostei da caracterização multidimensional dada a eles.
Em relação aos personagens, muitos vieram e se foram, mas Aaron Lightner, Michael curry e Rowan Mayfair permaneceram, o que os torna os protagonistas desta história, juntamente com Lasher, que de figurante no inicio, ganha voz e mostra a que veio.
Na terceira e quarta parte do livro voltamos ao presente e presenciamos a evolução do relacionamento de Rowan e Michael, tudo cercado por uma sensação de que algo ruim estava para acontecer. 
Apesar de Lasher não ter voz por boa parte do livro, a presença dele está por todos os lados e tem efeitos profundos nas personagens, passadas e presentes e nós sabemos que ele pretende algo grande e que Rowan faz parte disso. O final foi um tapa na cara e eu confesso que fiquei chocada. Eu sabia que havia um livro na sequencia, Lasher, mas no fim... eu gritei de raiva... mesmo.
Depois de passar boa parte do livro repetindo com frequência o quanto amava Michael e o quanto queria destruir Lasher, assim que isso se torna possível, o que Rowan faz? Se deixa seduzir por um espírito demoníaco caindo na primeira armadilha dele, abandona o homem da sua vida a beira da morte e foge com o demônio agora feito de carne, curando-o de seus males e escondendo-o. SÉRIO?!
Ane Rice tem o dom de escrever e descrever as cenas como se você estivesse vendo um filme, notando todos os seus detalhes vividamente. Ela escreve de forma detalhada e tem a capacidade de tornar sua escrita algo real, como se você estivesse vendo o que o livro mostra ou vivendo com as personagens todas aquelas situações, mesmo como observadora. Confesso que não sou fã da série das bruxas. Li vários livros de Rice e já fui fã da saga dos vampiros (os dois primeiros livros continuam sendo meus favoritos), mas a saga Mayfair, por mais complexa e bem escrita que seja, o tema não me agradou. A dependência das personagens femininas de Lasher e a maldade inerente a quase todos os personagens, além da parte sexual doentia, me repugnaram um pouco.
Além disso, há o final. Eu fiquei muito zangada com o final. Após conhecer tanto sobre Rowan e Michael, eu esperava um final feliz, ou meio feliz, mas não, o que li foi um homem bom sendo destruído pela mulher que amava e mesmo assim continuar confiando nela, amando ela.
A Hora das Bruxas é um livro complexo e sem finais felizes. Não espere por pessoas boas... ou meio boas. Acho que com exceção de Michael e Aaaron todos os outros nasceram ou foram corrompidos com prazer.
Recomendo para quem gosta da forma de escrita de Anne Rice e de coisas bizarras.


CAPAS

Esta é a capa do meu volume 1, 
primeira edição.
Interessante que foi usada uma replica do quadro
Lição de Anatomia do Professor Van Tulp,
de Rembrandt, citado no livro por ter pintado o retrato
de Suzanna, a segunda bruxa Mayfair.
Estou usando imagens da internet porque
não tenho scan do meu livro no momento
Manipulação de detalhe da imagem do primeiro volume.

Capa de uma edição mais recente.

Não é bizarra como as capas de primeira edição
no Brasil, mas também não tem o charme da outra, com a serpente.

Não me agradou muito.
Parece mais capa de VHS dos anos 80.

Hedionda!!!!!

Seria bonita, se não houvesse a silhueta tosca ao fundo ;-p

Eu diria que está mais para Ficção Científica 
do que para Terror e Sobrenatural.

Não entendi o porquê dos anjos.

Comic interessante, ou melhor, alguma arte.
Você pode encontrar em Duncan Eagleson, no DeviantArt

Quadrinhos oficiais de A Hora das Bruxas.
Infelizmente não foram publicados no Brasil

Na época em que escreveu A Hora das Bruxas
 Anne Rice morava nesta casa e a usou como cenário em sua série de bruxas,
descrevendo-a em detalhes.

OBS: Como não estou em casa, não disponho dos meus e-books, então desta vez posto apenas a review, sem o livro ;-)

Feliz Festas

Atrasada, mas nem por isso com menos carinho.
De quem escreve neste blog (e suas assistentes peludas), um Feliz Natal e um ótimo 2014.

Joyland

Stephen King

SINOPSE:


No verão de 1973 o universitário Devin Jones arruma um emprego temporário num parque de diversões chamado “Joyland”, buscando acumular dinheiro e curar seu recente coração partido. Devin acaba descobrindo que no passado o parque foi palco da morte de uma jovem pelas mãos de um temido serial-killer que nunca foi capturado. Com a ajuda de seus amigos, e de um garotinho de saúde frágil, porém muito especial, de dez anos, Devin descobrirá que o crime não está completamente adormecido.

COMENTÁRIOS:

A história de Joyland se passa durante o verão e o outono de 1973, em um parque de diversões, na costa da Carolina do Norte, onde Devin Jones, aos 21 anos, consegue um emprego. O rapaz, pretendendo curar o coração partido pela ex-namorada, muda de ambiente, faz novas amizades e se apaixona pela vida em Joyland.
"Jonesy" é uma personagem que captura a simpatia do leitor, seja na idade que possui ao contar sua história, seja como o garoto doce e meigo do passado. Ele é o tipo de pessoa tranquila, que quer o bem dos outros, que se importa com os amigos, que gosta do que faz, que ama o pai e gosta de animais.
Em meio aos dias ensolarados de verão Jonesy e seus novos amigos, Tom e Erin (todos os três estudantes universitários, trabalhando durante as férias para juntar um dinheirinho) ficam atraídos e intrigados com um crime que havia ocorrido alguns anos atrás em Joyland: uma jovem havia entrado na Casa do terror com o namorado e no dia seguinte havia sido encontrada na Casa do Terror com a garganta cortada. Pelo que Erin consegue descobrir com sua pesquisa, outros crimes semelhantes haviam acontecido em outras cidades na mesma época e alguns até mais antigos, o que os leva a crer que o crime havia sido cometido por um serial killer. Junte a isso a "lenda" de que o fantasma da moça assombrava a Casa do Terror (mas só os funcionários podiam vê-la) e fica mais fácil entender a obsessão que toma conta de Jonesy em relação ao assunto.
Além deste mistério, quando o verão está chegando ao fim o rapaz fica intrigado pela mãe e o filho que costuma encontrar em seu caminho, da pousada onde vive até o trabalho. O menino, chamado Mike Ross, tem 11 anos, está sempre em uma cadeira de rodas e parece muito doente. A mãe do menino, Annie, no inicio tenta manter Jonesy longe sendo descortês, mas com o tempo acaba aceitando a companhia do rapaz e aprovando a amizade dele com Mike (que está morrendo de Distrofia muscular e que é dono de uma segunda visão bem interessante).
Tom e Erin vão embora para a faculdade após o termino do verão, assim como todos os outros jovens empregados da temporada, mas Jonesy decide atrasar seu retorno a faculdade e permanece trabalhando em Joyland durante o outono. É neste período que ele consegue uma visita para Mike e a mãe, que é descrito de uma bela forma (detalhe: o menino vê o fantasma e quer ajudá-lo a se libertar).
A solução do mistério da morte em Joyland promove o climax da história, mas o livro realmente é a história de um garoto que se torna homem na década de 70. O livro é narrado em primeira pessoa por Jonesy algumas décadas depois, então, em meio a narração temos momentos de reflexão e sabedoria, que geralmente vem com a idade.
O mais interessante é que Stephen King é um mestre ao escrever como se ainda fosse um adolescente e sua escrita poética sobre a passagem da infância para a vida adulta sempre é tocante. Eu classificaria Joyland mais como um drama do que mistério ou qualquer coisa assim e recomendo para aqueles que gostam de livros profundos e belos, porém tristes.

OBS: Joyland vai ser adaptado para o cinema, então, é só aguardar e torcer para a adaptação ser fiel ao livro :-)

Lindíssima a capa estilo Pulp.
A moça provavelmente é a ruiva Erin, amiga do protagonista.
As moças contratadas para tirar fotografias das pessoas em Joyland usavam roupas verdes e provocantes e achei que a representação está perfeita.

Mitos e Lendas Egípcias

Philip Ardagh

SINOPSE:

Reconta uma variedade de antigos mitos egípcios e lendas sobre os mundos mágicos, deuses e deusas, seres humanos, criaturas fantásticas, batalhas pelo poder, conspirações mortais, explicando suas origens e duradoura popularidade.

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Mitos e Lendas Gregas

Philip Ardagh

SINOPSE:

Conta as história de Midas e o seu toque dourado, Medusa, o monstro que em vez de cabelos tinha serpentes, O homem que se amava a si mesmo, O minotauro no labirinto, A oferta de Prometeu aos humanos, Ícaro, o rapaz que quis ir demasiado longe, Pégaso, o cavalo alado, Os doze trabalhos de Héracles, Ulisses e o gigante de um só olho, Orfeu e o mundo subterrâneo, O cavalo de madeira de Tróia, Jasão e os argonautas, Édipo, condenado por profecia.

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