Before I Go To Sleep
SINOPSE:
Todos as manhãs, Christine acorda sem saber onde está. Suas memórias desaparecem todas as vezes que ela dorme. Seu marido, Ben, é um estranho. Todos os dias ele tem de recontar a vida deles e o misterioso acidente que tornou Christine uma amnésica. Encorajada por um médico, ela começa a escrever um diário para ajudá-la a reconstruir suas memórias mas acaba descobrindo que a única pessoa em quem confia talvez esteja contando apenas parte da história.
COMENTÁRIOS:
A premissa deste Thriller psicológico é bastante simples; a narradora em primeira pessoa tem amnésia. Mais especificamente uma combinação mítica de várias formas diferentes de amnésia que coexistem simultaneamente (primeira pista de que o livro iria me decepcionar). Ela tem amnésia retrógrada, como resultado de um episódio traumático misterioso que ocorreu anos antes e tem amnésia anterógrada, que afeta sua memória episódica: ela não pode reter nada de novo. Meu segundo indício de que este livro seria um desastre é que ela tem uma capacidade de memória de curto prazo de muitas horas, essencialmente um dia inteiro, que se apagava apenas após ela dormir.
Portanto, esta narradora não confiável, com sua memória não confiável, está tentando juntar os detalhes de sua vida enquanto basicamente tem que começar do zero a cada dia. A ideia de que, sem a retenção da memória, não se pode construir experiências e, sem experiências, ela não pode forjar laços interpessoais com os outros (o que significa que ela não pode desenvolver relações ou alcançar qualquer tipo de maturidade emocional ou amor) é muito boa. A protagonista não pode sequer experimentar a sensação de antecipação porque exigiria um sentido preexistente de futuro combinado com um conhecimento do passado, sendo que ambos estão ausentes quando você tem que ser lembrado todos os dias que você tem amnésia, para começar. Não há futuro, não há passado, não há nada de antecipação, só o aqui e agora. Claro... poderia ter sido assim... mas não foi.
Watson conseguiu estragar tudo. Os sentimentos de desconfiança da narradora, confusão e paranoia estão lá, mas a frustração de sua existência está encoberta em cada nascer do sol subseqüente por causa da progressão da trama. E o final, OH DEUS o final. Ele acontece tão rapidamente e é tão previsível que todo o entusiasmo em relação a parte psicológica da história está perdido. Na verdade, eu acho que isso poderia ter sido um romance digno, realmente, mas enveredou pela estrutura repleta de clichês.
Resumindo: o livro tem uma premissa muito boa, mas a narradora-protagonista é insuportável, nenhum dos personagens é interessante, a escrita é muito ruim, a continuação de cena tem erros básicos e o final é tão previsível que dói. Claro que fiquei curiosa, pelo menos até certo ponto, mas bem antes da metade do livro eu já sabia quem era quem e quem tinha feito o que e, nossa, quantas pessoas sem caráter, a começar pela protagonista. Impossível sentir até pena das personagens.
Um filme foi feito com Colin Firth, Mark Strong e Nicole Kidman... o que me ajudou a detestar ainda mais a protagonista.... consegui visualizar a interpretação caricata de Kidman, que pelo menos na ultima década só sabe interpretar mulheres desequilibras emocionalmente em meio a ataques de histeria.
Sinceramente, não recomendo nem para quem se interessa por policiais. Muito, muito ruim e uma grande decepção.
AQUI!!!!
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