Fantasmas

Phantoms.


Dean Koontz.


SINOPSE:


Desde sua chegada a Snowfield, pequena e pacata estação de inverno, Jenny e sua jovem irmã Lisa sentiram uma impressão de calma estranha, sobrenatural.
O primeiro cadáver que descobrem na casa é o de Hilda, a caseira.
Os olhos arregalados de terror, a boca paralisada num grito, a carne negra e empolada.
A casa vizinha está deserta, o jantar ainda quente na mesa, o estéreo toca uma sinfonia de Beethoven...
Aterrorizadas, as duas jovens correm à padaria em busca de auxílio: sobre o balcão, duas mãos seguram pelas pontas um rolo de pastel. Duas mãos humanas, decepadas.
Um calafrio percorre a espinha de Jenny e de Lisa.
Oculto pelas trevas, alguém ou alguma coisa as espia. 





COMENTÁRIOS:



Temos um pequeno e intrigante prólogo com o Delegado da cidade. Se você ler vai entender o que quero dizer com isso. Em seguida a história começa com a Doutora Jennifer Paige viajando com sua irmã mais jovem de 14 anos, Lisa, para a pequena cidade de Snowfield, onde morava e trabalhava já a alguns anos. 
A mãe de ambas havia morrido e Lisa estava indo morar com a irmã, mas, quando ambas chegam a Snowfield, encontram a cidade absolutamente silenciosa, como se todas as pessoas estivessem dentro de suas casas, o que parecia estranho num bonito e alegre domingo. Simples assim. Logo de cara você mergulha com as irmãs neste mistério. Lisa não vê nada de estranho, afinal, ela nunca fora a Snowfield, mas Jenny sim, sente algo de estranho no ar, embora não perceba de imediato. 
Ao entrarem na casa da médica Lisa não demora a encontrar o corpo da empregada da irmã. A cena é descrita em detalhes e é bem fácil visualizar a pobre mulher caída no chão com o corpo inchado a ponto das roupas ficarem apertadas e a pele toda arroxeada como se tivesse sido espancada.
As irmãs tentam usar o telefone, mas não há linha, então elas vão a delegacia e não encontram ninguém. Lá só há uma revista sobre mistérios científicos (detalhe muito interessante quando você chega a certo ponto do livro) aberta sobre a mesa do delegado e cartuchos de bala no chão, além da arma.
A partir daí acompanhamos as irmãs Paige numa apavorada investigação pela cidade, tentando criar teorias para o que aconteceu enquanto esperam pela ajuda que pediram pelo telefone (que miraculosamente começa a dar sinal de linha após fazer alguns sons de congelar a espinha).
O Delegado da cidade vizinha vai com um grupo de auxiliares e as investigações continuam, assim como mais mortes, sons bizarros, teorias que parecem não dar em nada e a mariposa mais assustadora que alguém já viu, capaz de dissolver o rosto de um homem.
Como consequência disto Snowfield é posta em isolamento e de repente o exercito e uma equipe de cientistas se une ao grupo, na esperança de descobrir o que aconteceu. Você sabe que a maior parte daquelas pessoas vai morrer e isso realmente acontecer e de formas cada vez mais assustadoras.
O que quer que esteja por detrás do mistério tem um senso de humor maldoso e se diverte com eles, a certa altura entrando em contato através dos telefones, fazendo uso de vozes de crianças, adultos, sons de animais.
Aparentemente um escritor chamado Timothy Flyte pode esclarecer um pouco este mistério. Como o livro pula de narrador, somos apresentados ao homem enquanto ele janta com um editor falando sobre um livro escrito por ele alguns anos atrás e chamado O Inimigo Antigo. Esta parte é muito interessante, pois Koontz faz uso de acontecimentos reais para dar base a teoria do personagem (talvez alguns de vocês já tenham ouvido falar sobre o povoado Roanoke, de colonizadores ingleses que desapareceu por completo, deixando gravado em uma arvore a palavra Croatoan - fãs de Stephen King e Supernatural vão reconhecer a história).
Pois bem, a criatura, quando se revela, é assustadora. Ela nunca se mostra por completo, mas a grandiosidade e poder...minha nossa, eu não via a menor escapatória para aqueles que sobreviviam.
O livro é fantástico e, dos livros que li deste autor até o momento é meu favorito. O que dizer das cenas em que o som de uma criança cantando uma música religiosa sai do ralo de uma pia? De pilhas de jóias, relógios e outras tantas coisas aparecerem dentro de uma pia quando antes ela estava vazia? De sons de animais variados começarem a soar pelo telefone? Das sirenes da cidade começarem a soar sozinhas? De algo que se esgueira pelas sombras e que todos podem sentir mas não ver? De uma criatura que consegue entrar em uma sala completamente fechada, com uma barricada na porta?
Fantasmas faz você se morder de curiosidade e ainda por cima traz a baila a história fascinante de Roanoke e muitas outras histórias de desaparecimentos em massa. Eu recomendo e muito para quem gosta de mistério, ficção e terror :-)

OBS: Fizeram um filme com o Ben Afleck, Liev Schreiber, Rose McGowan e Peter O`toole baseado no livro. O filme é divertido, apesar da interpretação inexpressiva de sempre do Ben Afleck (acho que ele só interpreta quando está com o Matt Damon, hehehehe), mas a história foi completamente mudada, o que é uma pena. O livro, se filmado pelo menos o mais próximo do que era, teria rendido um filme excelente.



Não entendi direito qual a intenção desta capa.

Capa muuuuuito feia. Não sei porque, em certa época, as capas de livros de terror eram realmente bizarras, mas entendo a intenção desta. Uma pequena referência a brincadeira que a criatura fazia se referindo a ela mesma como o diabo.

Acho esta capa muito adequada para a história.

Capa do filme. Se você leu a história já percebe que o filme não tem nada a ver com a leitura.

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