Dorothy Daniels nasceu em Connecticut mas, no auge de sua carreira como escritora, em meados dos anos 60, passou a morar na California. Começou sua carreira profissional como professora de Inglês em um colégio do estado. Mais tarde escreveu artigos que apareceram em algumas revistas nacionais o que a conduziria a sua carreira como escritora de novelas góticas. A Lancer books, que publicou mais de 20 das novelas escritas por ela, definiu Dorothy Daniels como a " escritora americana de novelas góticas mais popular do mundo" enquanto a Pocket Books anunciava que haviam vendido mais de 11 milhões de cópias de suas novelas góticas na década de 70. Seus 146 livros foram publicados por uma dúzia de editoras, algumas com mais de 4 edições para cada obra. A Lancer e a Warner Books juntas publicaram mais de 60 das novelas góticas escritas por ela. A maioria de suas histórias eram escritas na primeira pessoa e isto tornou-se uma marca de seu estílo de literatura. Muitas de suas histórias de passam no Velho Sul. Suas novelas eram consideradas envolventes, com plots inteligentes e contendo mais personagens do que as demais novelas góticas escritas na época. Sua ultima novela gótica foi "A Casa do Silêncio" (House of Silence) publicada em 1980. Depois disto ela escreveu vários romances históricos e sua ultima novela publicada foi "Crisis at Valcour", em 1985.
Dorothy Daniels publicou um livro com o nome Norman Daniels, levando a comentários de que este era o nome de seu marido ou de que este era seu verdadeiro nome e que Dorothy Daniels era na realidade um homem. Muitos de seus romances góticos publicados sob a alcunha de Dorothy Daniels ou Suzanne Somers foram registrados por Norman Daniels. Ela também publicou uma novela, "House of False Faces", sob o pseudônimo de Helen Gray Weston, mas este livro foi, mais tarde, reimpresso como "escrito por Dorothy Daniels sob o pseudônimo de Helen Gray Weston". Ela escreveu pelo menos quatro romances com enfermeiras assinando Dorothy Daniels e mais três foram escritos sob o pseudõnimo de Doris Knight.
Pesquisando na internet não encontrei fatos que confirmassem a real identidade dela. A corrente mais forte era a de que o escritor era homem, que se chamava Norman Daniels e que era casado com uma Dorothy Daniels, de quem emprestara o nome para assinar a maior parte de seus livros. Eu creio ser esta a teoria mais correta, especialmente após ler boa parte dos livros góticos escritos por "ela". As personagens femininas são apresentadas em 99,99 por cento dos casos como frágeis, tolinhas, arrogantes e muitos outros defeitos. Dificilmente consigo ver uma mulher sempre escrevendo com mocinhas tolas e sempre mostrando o lado mais "inferior" do sexo feminino.