Dean Koontz
SINOPSE:
Fascinante e aterrorizante, o thriller é um complexo suspense psicológico que conta a história de Bartolomeu. Nascido sob trágicas circunstâncias, após a morte do pai em um acidente, Bartolomeu não sabe que a vida lhe reserva outras tragédias. Ele perde a visão e é perseguido por um assassino que está convencido que ele é seu inimigo mortal.
COMENTÁRIOS: MUITOS SPOILERS!!!!
Vou colocar este livro na lista de PIORES LIVROS QUE JÁ LI. Definitivamente! Foi uma decepção tão grande que fico irritada quando penso nisso. O pior de tudo é que a premissa é muito interessante: um menino chamado Batholomew perde a visão aos 3 anos, ao ter os olhos removidos cirurgicamente por conta de um câncer e então, aos 13 anos volta a enxergar. Fiquei curiosa. Pensei que seria legal. Como eu estava enganada. A perda da visão e a volta dela nada tem a ver com a trama e quando acontece, a história em si já chegou ao fim.
O livro começa com detalhes dos pais do menino, seu nascimento após um acidente que provoca a morte do pai, seu crescimento, a perda dos olhos, sua inteligência muito acima da média, seus talentos inigualáveis, sua capacidade de "ver" várias realidades, etc... o que mais sabemos é do entediante dia a dia da família. Alternando esta história, temos a de Enoch Caim Junior, que se revela um assassino e psicopata em formação. Temos também a história de Celestina, uma jovem cuja irmã mais nova morre ao dar a luz a filha de quem a estuprou. Como se não bastasse, temos váaaaaarias histórias de outros personagens que participam das vidas destes três, até que suas histórias finalmente se encontram e passam a ser uma.
Quando Junior comete seu primeiro crime, matando a esposa, ele quase morre ao ter uma crise de vômito que provoca uma hemorragia e vai parar no mesmo hospital que a irmã de Celestina está dando a luz a...tcharam...filha de Junior, já que foi ele quem estuprou a menina.
Durante o sono ele murmura o nome Bartholomew. O detetive que estava no quarto de olho em Junior (porque tinha certeza de que o cara havia matado a esposa) conta sobre isso e o assassino decide que Bartholomew é seu Nêmesis e que deve ser morto.
Como o detetive fica na cola de Junior, ele mata o detetive quando este chega a casa da namorada; detalhe, Junior estava na casa da namorada porque na cabeça dele a moça estava a fim dele (era uma enfermeira que o tratara)...ela não estava, então ele a mata e o detetive chega para o jantar e ele ataca o cara. Só que o detetive, apesar de ter a cabeça esfacelada não morre. Ele sai de um carro que foi atirado dentro do rio e vai em busca de ajuda...sé-r-i-i-i-o!
Para completar a viagem toda, Junior descobre que a menina que estuprou deu a luz e que Bartholomew tem que ser seu filho, hahahahahaha. Minha nossa! Sendo assim ele começa a caçar a criança e encontra Celestine, que adotou a sobrinha, que é um gênio que também pode "ver" as várias realidades. Ah, o detetive que se recusou a morrer também tem este dom, além de fazer truques com moedas.
Depois de quase 800 páginas de pura enrolação (ao longo de 4 anos) e de matar vários personagens, alguns apenas para criar um clima de drama de novela, o assassino encontra a filha e o menino, que estão vivendo lado a lado (todos os demais personagens vivem como uma grande e única família), ameaça a menina, tenta atirar no menino e...a garota o empurra para uma realidade alternativa porque ela tem superpoderes e pronto. Acabou. Sim... é isso... acabou a trama, mas o livro continua, porque o autor ainda precisava matar mais alguns personagens, como a mãe de Bartholomew.
Nas ultimas páginas (umas 20) Dean Koontz nos tortura com um resumo da história real e do que aconteceu aos personagens; um casal fez isso, fulaninho fez aquilo, sicrano morreu, blá,blá,blá... Bartholomew casa com a menina (Anja), os dois tem uma filha com mais poderes ainda... minha nossa.
Para mostrar a sutileza de Dean koontz, os personagens bonzinhos (que são bons demais a ponto de não se conseguir identificar com eles) tem nomes bíblicos de santos, anjos, etc (Bartholomew, Grace, Celestina, Seraphina, Thomas, Paul Damascus, Angel...) e o vilão se chama ENOCH CAIM!!!!!
O divertido é que os personagens bons nunca precisam se preocupar com dinheiro, já que eles apenas fazem tortas para os pobres... a maior parte do tempo... tortas e tortas... porque todos amam tortas...
E as crianças, então? Não são crianças. São aliens! Elas não se comportam como crianças. Elas são tãooo especiais que parecem adultos, mesmo quando se comportam como crianças. O menino chega a fazer discursos de 4 parágrafos aos 3 anos, falando sobre filosofia, matemática, física quântica...ahhhhhhhhhh!!!!
Lembram a parte inicial, que sugeria que a história seria sobre um menino que perde a visão aos 3 anos e torna a enxergar, mesmo sem os olhos, aos 13 anos? pois bem, aos 13 anos a mãe dele morre e ele lê para ela antes disso, mostrando que pode enxergar através da realidade de outro ele, mas na verdade ele volta a ficar cego logo em seguida. Ele só volta a enxergar quando adulto, quando sua filha de 10 anos e que é mais poderosa que o Super-Homem lhe devolve a visão sabe-se-lá como... isso acontece nas últimas páginas. E todos vivem felizes até... bom até algum deles morrer de forma trágica.
Meu relacionamento com as obras do Dean Koontz é extrema: ou eu amo ou odeio. Este foi um caso de ódio. Dizem que é um dos melhores livros dele. Achei um dos piores.
Esta capa me deixa confusa.
Não consegui chegar a uma conclusão do que ela realmente significa.
Das capas que encontrei é a melhor,
especialmente porque tem a ver com algo que acontece na história.
Não gostei mesmo desta capa.
Feia e nada atrativa.