Fringe (a tênue linha)


Antes de mais nada, NÃO FUJA só porque o assunto é uma série de ficção científica! Calma. Respire fundo, leia este texto com atenção e prepare-se para uma jornada que nada mais é, que uma bela história de amor, ou amores, como explicarei adiante.

Vamos começar do princípio, o piloto da série. Assista, mas ignore-o; foi feito para tentar convencer os empresários a investirem na série, mostrando drama de namorados e perseguições policiais; isto NÃO é a série.  O piloto mostra uma agente do FBI, Olívia Dunham (Anna Torv) tentando desvendar casos ligados a ciência, o pano de fundo recorrente na série, onde alguém acaba sendo levado, por arrogância, curiosidade ou ignorância, a cruzar a tênue linha ética que impede, por exemplo, um biólogo de criar um vírus da gripe mortal e sair espalhando ele por aí. O problema é que o FBI não tem nenhum cientista brilhante o suficiente para entender os que cruzam tal linha, então decide usar alguém que já o fez anteriormente, Walter Bishop (John Noble), renomado cientista que já fez pesquisas para o governo americano, mas existe um problema: ele está internado em um hospício e declarado louco; a solução então é trazer para seu lado, Peter (Joshua Jackson), filho de Walter e que se tornou uma espécie de golpista. Isto é tudo que é necessário se saber sobre o início da série, além de um fato: esqueçam Dawnson's Creek, Joshua Jackson é um grande ator, John Noble nem se fala (o rei de Gondor em Senhor dos Anéis), e você pode não acreditar vendo a primeira temporada, mas a Anna Torv também.

Seguindo adiante, temos uma primeira temporada em que não existe uma trama central, mas episódios da semana, o que não impede de a série começar a ficar muito boa após os primeiros 5 episódios um tanto fracos. De fato, é a série que até hoje mais me lembrou Arquivo-X em seus bons tempos (até a quinta temporada). Ao final da temporada é que somos brindados com o plot central da série: universos paralelos. *SPOILERS*. De fato, descobre-se que Peter é de outro universo, e foi roubado por Walter para poder salvá-lo da mesma doença que matou seu filho. E é a partir daí que os atores de Fringe começam a brilhar, pois, salvo Peter, cada um deles tem uma contraparte no universo alternativo, com personalidades completamente diferentes; por exemplo, Walter torna-se ministro de estado e quer destruir o universo que roubou o seu filho, Olívia, ao invés de ser retraída e focada é uma ruiva divertida e que fala pelos cotovelos. Com o tempo você se apega a todas estas variações de cada personagem, suas perdas e erros doem na alma, pois a série consegue a incrível façanha de ter personagens bem construídos e carismáticos mesmo se tratando de ficção científica. TODOS os personagens são explorados e tem sua história e motivações, todos, até os vilões.

E assim, passamos ao eixo central de Fringe: o amor. Mas não espere aquele tipo água-com-açúcar pronto para consumo que Hollywood costuma produzir, aqui, como a ciência que explora, Fringe é muito complexo e trabalha diversos ângulos. Somos brindados com um amor entre protagonistas, desenvolvido com lentidão o suficiente para não parecer algo forçado, a amizade entre colegas, a paixão platônica que nunca será, além do principal entre todos estes: o amor de um pai pelo seu filho, que cruza dimensões para salvar o filho de seu eu alternativo, não consegue lidar com as consequências que a ação desencadeia pesando-lhe a consciência e de um filho que descobre ter sido roubado e ainda assim não consegue deixar de tentar entender a razão disto tudo. Também temos a paixão pela humanidade, como um ser sem sentimentos consegue admirar-nos por nossas paixões e falhas, e até pelos animais - você jamais irá ver as vacas de forma igual. A coisa mais próxima de Fringe neste aspecto, que eu já assisti, é Simplesmente Amor (Love Suddently).

Somando tudo isto, em Fringe você vai encontrar muito mais que uma série bobinha com referências nerds, como Big Bang Theory, ou conspirações como em Arquivo-X; em Fringe você encontra ensinamentos sobre o que é ser humano, que irão calar fundo em sua alma, e que, com sorte, um dia você conseguirá ficar feliz quando receber um singelo papel com alguns rabiscos que formam uma petúnia.



PERSONAGENS PRINCIPAIS:

Anna Torv - Olivia Dunham - Agente da Divisão Fringe do FBI

Joshua Jackson - Peter Bishop - Cientista (filho do Dr, Walter)

John Noble - Walter Bishop - Cientista

Lance Reddick - Phillip Broyles - Agente do Departamento de Segurança Interna / Diretor Divisão Fringe

Jasika Nicole - Astrid Farnsworth - Agente Junior do FBI (Técnica de Laboratório)

Blair Brown - Nina Sharp - COO da Massive Dynamic

Seth Gabel - Lincoln Lee - Agente do FBI / Agente da Divisão Fringe

Leonard Nimoy - William Bell - Fundador e CEO da Massive Dynamic

AQUI você pode ver a lista de episódios de todas as temporadas de FRINGE.

Família Fringe, da esquerda para a direita:
Astrid, Broylles, Walter, Olivia, Peter, Nina e Lincoln.
Que saudades eu sinto de todos eles.

Estes são os Glife Codes; eles apareciam durante o episódio e cada imagem significava uma letra. Ao fim do episódio tínhamos uma palavra, referente ao que acontecera ou aconteceria.

O trio principal. Impossível não amá-los, especialmente Walter.

Não podemos esquecer da Gene, a vaca mais legal de todos os universos :-D

Gene tinha até "roupas" do FBI.

Peter e outro personagem importante e adorável: Setembro.

Coisas de Walter.

E com você, Lincoln para encerrar :-)

O Aprendiz de Morte


Mort

Terry Pratchett

SINOPSE:

No quarto volume de Discworld, Morte, um esqueleto com brilhantes luzes azuis em suas órbitas oculares e dono de uma voz semelhante a " lajes de chumbo caindo sobre granito" , oferece a Mortimer, um desajeitado rapaz de interior, uma proposta irrecusável: tornar-se seu aprendiz. Após receber a garantia de que não é preciso estar morto para conseguir esse trabalho, Mort aceita o cargo. Mas os conflitos surgem quando a descoberta do amor passa a interferir nas responsabilidades do garoto. Apaixonado pela princesa Keli e incumbido de matá-la, o rapaz não consegue cumprir sua tarefa. Ao invés de atingir a garota com a foice da morte, Mortimer desfere o golpe mortal contra o assassino, criando assim uma realidade paralela, que entra em conflito com o destino.

COMENTÁRIOS:

Neste quarto volume do Discworld conhecemos o personagem-título, Mortimer "Mort", um jovem desajeitado e desastrado, que é levado pelo pai até a feira da cidade para se tornar Aprendiz, caso algum Mestre se interesse por ele. Quando o rapaz é escolhido por Morte para ser seu aprendiz, Mortimer mergulha em um mundo fantástico e se envolve numa situação bem problemática. 
As personagens principais são, como sempre, perfeitas; temos Mort, Morte, sua filha adotiva, Ysabell, o criado de Morte (personagem recorrente em outros livros do Disco e persona muito importante na Universidade Invisível), a princesa, o vilão... todos são perfeitos nos mínimos detalhes. 
Ao longo da história é incrível acompanhar o crescimento do rapaz, deixando de ser um jovem desastrado, desengonçado e sem habilidades e se tornando um Morte perfeito, cometendo erros mas corrigindo-os, sem jamais desistir. Um personagem simplesmente de tirar o fôlego, uma trama de tirar o fôlego, um livro de tirar o fôlego.
O livro em si já seria perfeito só por ter um foco maior sobre Morte, que eu amo, especialmente por ser a personagem mais divertida do Disco. Morte é adoravelmente ingênuo, cheio de vontade de viver, delicadeza e uma amor inesgotável por gatos.
Pois bem, Morte sai de férias (quando acaba testando outros tipos de "empregos") e deixa seu aprendiz cuidando dos negócios. O rapaz não consegue usar a foice na Princesa Keli, pois fica encantado por ela depois de vê-la e acaba por impedir a morte da moça, interrompendo seu assassino e levando aquele que a mataria. Claro que isso provoca reações e duas realidades começam a entrar em choque. Mort começa então a tentar corrigir o desastre que provocou, com a ajuda da reclamona Ybabell (sim, o Morte tem uma filha e ela é humana, tem 16 anos há séculos e usa camisolas rendadas).
Muitas situações hilárias tem lugar e, na minha opinião, este é um dos livros mais engraçados do Disco e um dos meu favoritos. É hilário quando a Princesa contrata um "assistente" para reconhecê-la como viva perante seus súditos, pois, como ela deveria estar morta, as pessoas ficam confusas, tentando corrigir o erro sem nem perceberem. É hilário ver Morte trabalhando como cozinheiro. É hilário... bom TUDO é hilário e eu recomendo cada página, parágrafo, frase e letra deste livro :-D

AQUI!!!!

Esta é a capa divertida do meu exemplar.

Versão em Inglês da mesma arte.

Outro modelo de capa. Mais discreta.

Variação de cor.

Eu gostei muito, muito mesmo desta capa, hehehehehehe.

Causa Nobre

Cause Celeb

Helen Fielding

SINOPSE:

CAUSA NOBRE conta a história de Rosie Richardson, uma mulher bonita, inteligente e bem-sucedida, que abandona os confortos da vida urbana, os prazeres de sua rotina badalada e a companhia de pessoas famosas por uma aventura na África, onde vai para ajudar refugiados famintos. Cansada da vida mundana de Londres e desiludida com seu lindo e cruel namorado, Rosie decide jogar tudo para o alto e parte para a África, onde passa quatro anos administrando um acampamento de refugiados. No entanto, após uma longa temporada de crise, uma praga da gafanhotos e novo período de fome, o acampamento onde Rosie trabalha se vê sobrecarregado com a multidão de pessoas famintas que disputa os poucos alimentos que restaram no escasso estoque. Frustada pela ação nada eficiente dos organismos de assistência, Rosie toma uma decisão tão drástica quanto a de partir para outro continente: volta a Londres e tenta convencer seus antigos e ainda famosos amigos a participar de uma campanha televisiva para ajudar os refugiados africanos. 

COMENTÁRIOS:


Para quem acredita que Helen Fielding escreveu apenas os livros sobre Bridget Jones, aqui está sua primeira obra. Causa Nobre não foi escrito em forma de diário, não descreve com requintes de crueldade os chiliques  da protagonista (especialmente os relacionados ao peso) e não mostra uma protagonista estúpida como Bridget.
Rosie Richardson havia trabalhado com publicitária para uma grande editora de Londres, o que a deixara bem familiarizada com romancistas, dramaturgos, atores famosos e outras celebridades. Ela havia até mantido um romance com Oliver Marchant, que acabou de forma desastrosa, é claro, já que ele, apesar de bonito e charmoso, era um traste. Para esquecê-lo, num rompante de loucura Rosie parte para a África com um grupo humanitário e, depois de algum tempo, acaba por se tornar administradora do campo onde trabalha (Safila). O cenário é a Namíbia devastada pela guerra.
Quatro anos se passam e chega aos ouvidos de Rosie os rumores de uma praga de gafanhotos em uma província vizinha e que ameça enviar uma multidão de refugiados famintos para seu acampamento. O acampamento já está cheio e a comida e remédios chegando ao fim.
Com a ajuda de Robert O`Rouke, o médico bonito e desligado, Rosie procura uma forma de evitar um desastre em face da burocracia das organizações de ajuda humanitária. A ideia que Rosie tem é a de recorrer aos antigos amigos famosos, para que eles façam um apelo pela televisão, gravando na África, em Nambula. Claro que primeiro ela terá de enfrentar seu passado: a futilidade, arrogância, o ego e, principalmente, Oliver Marchant.
A história é narrada na primeira pessoa e é por conta disto que notamos certas semelhanças entre Bridget e Rosie, como a queda por homens que não valem nada, a sinceridade infantil, o embaraço a que ela é exposta em situações sociais e o dom de atrair o homem certo na hora certa.
É acompanhando Rosie de Safila para Londres (dando uma passeada por suas lembranças de 4 anos atrás) e de volta a África podemos ver o crescimento emocional de Rosie, passando de alguém confusa para alguém corajosa e decidida.
O que me levou a gostar do livro é que Rosie se mostrou uma protagonista com quem simpatizei; ela parecia real na medida certa e pude entender a maior parte de seus atos e sentimentos. Além disso eu dei boas risadas em algumas partes. Recomendo este livro para quem gosta de livros engraçados, mas com dramas (dramas, não tragédia), que tem uma protagonista que vai a luta e não é uma imbecil (como a própria Bridget me pareceu ser, ou então a maioria das mocinhas de Sophie Kinsella).

AQUI!!!!


Esta é a capa do meu exemplar.
Meio estranha, com tudo perdido no vazio do fundo branco.

Achei esta capa muito engraçada :-D

Estranha.

Feiaaa!!!!

Achei nada a ver esta capa.

Muito, muito feia!

A Ultima Vampira

The Last Vampire

Whitley Strieber

SINOPSE:

Neste livro voltamos a encontrar a protagonista do clássico Fome de Viver (adaptado para a telona por Tony Scott em 1983). Em A Última Vampira, Miriam Blaylock, a vampira insaciável e bela, que teve vários amantes, está sendo perseguida pelo agente da Interpol Paul Ward. Por tentar caçá-la a anos, ela tornou-se sua obsessão.

COMENTÁRIOS:

"A Última Vampira" é o segundo livro sobre a vampira Miriam Blaylock, e seu mundo foi apresentado aos leitores em "Fome De Viver", publicado na década de 80 por Whitley Strieber .
Desta vez o autor narra, além da continuação das aventuras de Miriam, a história de Paul Wardum, ex-agente da CIA, que trabalha para uma equipe secreta de policiais especializados, pesquisando uma raça de vampiros que se disseminou pelo mundo e exterminado-os. Miriam sempre viveu entre os seres humanos sem se preocupar em ficar escondida, aproveitando da humanidade tudo o que poderia extrair dela, mas agora Miriam se tornou a obsessão de Paul e ele a caçará por todo o mundo, se for preciso, e a exterminará.
Desta vez ficamos a par de mais detalhes sobre O QUE é Miriam e sobre seu passado; por exemplo, ela era uma "guardadora". Como acabamos por saber, os vampiros existiam em nosso mundo antes de nós mesmos, que fomos criados por eles como gado, a fim de alimentá-los. Miriam guardava um rebanho. Também ficamos sabendo que ela tem aproximadamente 3000 anos de idade, embora não pareça ter mais do que 20 (loira, sedutora e rica - não consigo não ficar chateada com esta descrição, porque me lembro de Miriam como Catherine Deneuve, que era loira, sedutora e rica, mas que não tinha 20 anos na época do filme The Hunger).
Quando os dois protagonistas se encontram eles se veem absurdamente atraídos  alias, Paul só consegue pensar em ir para a cama com Miriam e isso logo acontece, resultando numa surpreendente gravidez, que faz com que Miriam descubra que Paul era um ser meio humano, meio guardador. De repente o cara se vê diante da duvida: mata a mulher que "ama" e o filho, ou abandona a vida que levara até então?!
Sinceramente, "Fome de Viver" (1981) era um livro que não permitia continuação. O filme mudou o final e deu um gancho, mas nunca filmaram uma continuação. Quando Whitley Strieber finalmente escreveu a sequência, deu nisso. Ele ignorou o destino de uma das personagens em "Fome de Viver" (de morta ela aparece saltitante neste "A Ultima Vampira", escrito em 2001) e mudou as características das personagens que já existiam antes... creio que até mudou características físicas.
O livro é um apanhado de clichês dos mais óbvios, bizarro sem ter charme, repugnante até certa altura e uma grande perda de tempo. O que o primeiro livro tinha de interessante, este tem de desastroso. A única coisa que se salva é a belíssima capa da edição nacional.
Para quem quiser ler, AQUI está a resenha do livro "Fome de Viver".

Pelo que sei há mais um sequência intitulada "Lilith`s Dream", que conta a história da mãe de todos os vampiros, que desperta em nossa época sedenta por sangue e que se encanta por um jovem meio humano, meio vampiro, na verdade, filho de Miriam e de Paul. O livro é sobre um pai tentando salvar um filho de uma criatura poderosa que voltou para salvar sua espécie a qualquer custo.


Como eu já disse, linda capa.


Bela capa.
Deve ser para compensar a história horrível.

Variação em cores.

Capa Romances Góticos III

Eu sou apaixonada por CoverArt e as de livros góticos são minhas favoritas, especialmente os das décadas de sessenta e setenta. Sou tão apaixonada por elas que até as mais bizarras me agradam :-)
Abaixo mais algumas capas da minha coleção.

Mocinha fugindo de um castelo para o nada.
Minha imaginação me fez "ver" alguma espécie de figura sombria acima do arco, perseguindo a coitada.

Mocinha pensando (provavelmente no mocinho) a frente de um castelo.
Ela não parece estar fugindo de nada nem ninguém, mas nunca se sabe.

Esta é bem legal. 
Será que ela saiu de um calabouço? 
E para onde ela vai? 
Cair em um fosso????

Mocinha com medo de algo prestes a tomar um banho.
Castelo ao fundo.
Acho que ela está de camisola e que faz frio... o banho não será agradável.

Mansão ao fundo, mocinha com vestido rosa chamativo a frente.
Talvez ela tenha a intenção de subir nesta estranha árvore.

Achei esta capa muito bonita. 
Parece uma pintura a óleo, com destaque para a linda cor do vestido da mocinha.
Meio que me lembra uma obra de Turner.

Sério... a mocinha parece estar marchando, hehehehe.
Como não poderia faltar, mansão ao fundo.

Lindo vestido verde, mansão ao fundo. 
Interessante que nesta capa parece fazer calor, 
ao contrário da maioria das capas góticas.

Anos setenta. Puro!

Esta capa é ainda mais linda pessoalmente.
Sou felizarda por ter conseguido comprá-lo.
A história é meio bizarra, mas eu gostei; gostei do protagonista, dos personagens em geral e da linda moça em meio a uma floresta-pântano.

Mocinha a frente da mansão. 
A roupa dela é estranha, 
mas isso não diminui minha vontade de ler esta história.

Arte diferente. Gostei.

Mesma série do anterior, só que mais bonita.

Tenho um fraco pelas capas com a mocinha solitária usando uma longa capa, geralmente vermelha. Pena que não seja tão fácil assim encontrar estas edições antigas. Eu gostaria de ter todas :-D

O Servo dos Ossos

Servant of the Bones

Anne Rice

SINOPSE:

Azriel, em vida um jovem judeu, após a morte torna-se o servo dos ossos, um viajante poderoso, inteligente e sedutor. Azriel se rebela ao ser transformado em imortal por feiticeiros com objetivos maléficos. Ele vaga pelos séculos sem nunca estar nefesh — ou seja, com o corpo e a alma juntos. Azriel nos revela sua impressionante história desde a juventude na Babilônia, passando pela Europa da Idade Média até chegar a Manhattan dos anos 90, onde volta a encontrar seu destino. O personagem irá confrontar-se com um ambicioso e carismático multibilionário, o televangelista e terrorista Gregory Belkin — uma versão atualizada dos seus demoníacos inimigos. Ele terá que usar todos os seus poderes para conter uma conspiração que coloca o mundo em risco.

COMENTÁRIOS:

Neste livro de Anne Rice não temos nem vampiros, nem bruxas, nem múmias e sim um Gênio. Achei interessante ler algo sobre este tipo de criatura fantástica, mas, como comprei quase todos os livros publicados pela autora com criaturas fantásticas, nem sabia direito sobre o que se tratava antes de começar a leitura.
O protagonista deste livro é Azriel, filho de um comerciante judeu na antiga Babilônia. Vivendo em meio a opulência e esplendor da corte, o jovem começa a cultuar Marduk, o deus babilônio e, depois de algum tempo, passa a vê-lo e a conversar com ele.
Quando os membros do conselho descobrem a capacidade que Azriel tem de se comunicar com Marduk, elaboram um plano em que o rapaz seria usado na realização de uma cerimônia de invocação, mas a cerimônia acaba por dar errado e Azriel vira o Servo dos Ossos, um gênio que deve obedecer ao seu mestre (aquele que possui seus ossos envoltos em ouro), só que Azriel não é bom em obedecer.
A história da origem de Azriel é alternada com a busca que ele faz pelo assassino de Esther Belkin, já que ele é invocado minutos antes da moça morrer. Ele sente que há uma ligação entre sua invocação e a morte de Esther, enteada de Gregory Belkin - líder de um culto chamado "O Templo da Mente de Deus". De repente mergulhamos em uma espécie de Thriller policial em que Belkin planeja uma Jihad contra a maior parte do mundo civilizado, liberando uma toxina no ar. Eu confesso que esta mistura, de policial com sobrenatural, não ficou bem desenvolvido.
Embora Anne Rice tenha escrito com uma criatura sobrenatural que não é um vampiro, os temas por trás do protagonista continuam os mesmos; Azriel é imortal (de certa forma) e assim se tornou contra sua vontade, muitas vezes desejando a liberdade que a morte lhe daria (lembra, em alguns momentos, o choroso Louis). Além disso Rice descreve trechos de diferentes períodos da história em que Azriel viveu.
Para ser sincera eu não gostei deste livro e achei impossível sentir simpatia por Azriel e acreditar nele como um protagonista forte; num minuto ele é o portador da morte para quem se opõe a seu mestre (morte cruel e dolorosa, diga-se de passagem), depois ele não obedece mais a ninguém e de repente ele sofre com a ideia de tirar a vida de uma pessoa.
O Servo dos Ossos é um livro repetitivo, o que o torna muito entediante, além disso, a parte sobre bioterrorismo e a parte religiosa-histórica parece apenas um amontoado de informações absurdas ou entediantes que tornam a sua leitura um sofrimento.
O inicio do livro é interessante, pelo menos a parte na Babilônia, mas depois disso vai ficando muito chato e a parte sobre Belkin é tão ridícula que eu passei batido pelas paginas, torcendo para que o sofrimento acabasse logo.
Outra semelhança com a série de livros de vampiros de Rice é o que conduz a história; Azriel conta seu passado, origem e presente a um escritor, para que este escreva um livro com sua "biografia", algo parecido com Louis contando o que lhe aconteceu ao repórter em Entrevista com o Vampiro.
Resumindo, o livro é um amontoado de idéias que parecem ter sido jogadas no papel sem serem ligadas de forma adequada e os personagens são superficiais, mas tão superficiais que ao ler eu não me importei a mínima com o que aconteceria a eles.

OBS:

O Servo dos Ossos foi quadrinizado em uma coleção de seis volumes. Aparentemente a história está tão confusa nos quadrinhos quanto no livro, mas a arte é bonita e lembra Witchblade.

Capa do meu exemplar.
Chama a atenção e me lembrou as aulas de História da Arte.

Capa ao estilo "gatinho" de ser.

Lembra a capa da primeira edição de Entrevista com o Vampiro.

Que capa feia!!!!


Eis a arte dos quadrinhos.




Jekyll

BBC ONE - 2007

6 EPISÓDIOS

SINOPSE:

Parte suspense sobre conspiração, parte comédia de horror, o romance de Robert Louis Stevenson toma um novo rumo nas mãos de Steven Moffat. Estamos em 2007 e o novo Dr. Jekyll continua com um velho problema: o Sr. Hyde. Mas eles fazem um acordo: dividir o mesmo corpo e, assim, uma vida impossível se torna possível. Mas o que Hyde não sabe é que Jekyll é casado e tem dois filhos e que fará de tudo para protegê-los do seu lado negro. Jekyll está determinado a manter seu perigoso alter ego controlado fazendo um pacto com seu próprio diabo. Mas o que eles não sabem é que uma organização poderosa vem monitorando seus movimentos e pode colocar tudo a perder.

SOBRE O QUE SE TRATA:

A série, criada por Steven Moffat, é descrita mais como uma sequência do livro O Estranho Caso do Doutor Jekyll e do Senhor Hyde do que uma adaptação dele, além disso o livro escrito por Robert Louis Stevenson é usado como história de fundo.
O protagonista, Tom Jackman (interpretado por James Nesbitt) é casado e pai de dois filhos, mas recentemente saiu de casa, rompendo o relacionamento com a esposa Claire, escondendo dela o que tem lhe acontecido. Ele contrata uma enfermeira chamada Katherine Reimer para que o mantenha contido em uma espécie de "cadeira de força", onde fica preso durante e após sua transformação em Mr. Hyde. Este alter ego do Dr. Jackman é arrogante, raivoso, muito forte, veloz, tem um senso de humor bem peculiar e é extremamente sarcástico e sedutor. 
A série começa exatamente com a contratação de Katherine e o resto nos é explicado rapidamente ao longo do episódio. A família de Jackman conhecera Hyde e acreditavam que ele fosse um primo do Dr. que há muito havia perdido o contato. A proximidade de Hyde de sua família foi o que levou Jackman a se afastar. A forma dos dois entrarem em contato, já que um não lembrava do que o outro havia feito, era através de bilhetes e às vezes de gravações (as mensagens de Hyde eram extremamente divertidas, apesar dele me meter medo a maior parte do tempo, hehehehehe).
Pois bem, a esposa, Claire, não ficou nada contente com a separação e contratou uma investigadora para saber o que estava acontecendo com seu marido. Acontece que esta investigadora acaba descobrindo que Jekyll e Hyde não era uma obra de ficção e que houvera um Dr. Jekyll que vivera em Edinburgo e que era idêntico a Jackman. A mulher revela isso ao protagonista, que começa a crer que é descendente do Dr. Jekyll original masssss... este "antepassado" morrera sem deixar descendentes.
A esta altura eu estava ardendo de curiosidade!!!! Para completar aparece uma mulher que alega ser a mãe de Jackman, que o havia abandonado e que trabalhara para um velho amigo de Jackman. Não vou entrar em detalhes para não revelar os segredos da série, mas temos um mix de experiências genéticas, traições duplas, triplas, ação, suspense... tudo num ritmo perfeito e com interpretações fabulosas.

Eu recomendo muito esta série; muito mesmo!

Hyde na frente, Jekyll atrás.

Podem acreditar, ele é encantador ;-)

O primeiro Jekyll - Hyde.

Hyde com a esposa Claire (a frente) e a enfermeira Katherine (atrás).

Feito uma luva ^^
 
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