Stephanie Perkins
SINOPSE:
A designer-revelação Lola Nolan não acredita em moda… ela acredita em trajes. Quanto mais expressiva for a roupa — mais brilhante, mais divertida, mais selvagem — melhor. Mas apesar de o estilo de Lola ser ultrajante, ela é uma filha e amiga dedicada com grandes planos para o futuro. E tudo está muito perfeito (até mesmo com seu namorado roqueiro gostoso) até os gêmeos Bell, Calliope e Cricket, voltarem ao seu bairro. Quando Cricket — um inventor habilidoso — sai da sombra de sua irmã gêmea e volta para a vida de Lola, ela finalmente precisa conciliar uma vida de sentimentos pelo garoto da porta ao lado.
COMENTÁRIOS:
Já que esta resenha vai ser um tanto quanto extensa, e eu tenho uma opinião muito firme sobre o livro, vamos logo começar pela parte mais importante: eu, por mais que me esforce, não consigo compreender como esta história tem tantos reviews bons na internet. Durante toda a leitura eu só conseguia pensar na decepção e como, como eu tinha sido iludida pelas resenhas lidas.
Para começar vou citar Lola, uma das protagonistas mais irritantes que já tive o desgosto de ler. Eu queria gostar dela, mesmo, mas acabei odiando. Eu odiei cada reação que ela teve, sua atitude ridícula frente ao mundo e as pessoas, suas constantes mentiras... Lola é um péssimo ser humano.
Logo no inicio do livro ficamos sabendo através dela que algo terrível aconteceu entre ela e os gêmeos Bell dois anos atrás. Quando os irmãos voltam a ocupar a casa ao lado Lola chega a derrubar e quebrar pratos, é todo um drama, uma tragédia e então, quando descobri sobre o que se tratava fiquei com cara de quiabo... o motivo de tudo é tão patético que fiquei com vontade de Lola existir para eu poder bater com a cabeça dela na parede.
Uma parte da história que me irritou muito... mas MUITO mesmo foi a constante referência a diferença de idade entre Lola e seu namorado Max: 5 anos. 5 ANOS!!!! Seguinte: 5 anos não são nada! Uma diferença de 5 anos é muito pequena para o escândalo que fazem no livro e deixou tudo ridículo.
Outra coisa irritante foi mostrar a protagonista com um namorado mais velho e mantendo um relacionamento sexual com ele. Wowwww... Lola é tãoooo adulta! Acontece que ela não é. Ela age como uma criança. Ela é estúpida, imbecil e parece que todos que a cercam (exceto Max) padecem deste mal. Não gostei de como Max foi apresentado ao leitor como um namorado fantástico e então, de forma conveniente, se tornou um cretino de forma incompreensível. Comigo não funcionou, pois eu continuei gostando do cara e com raiva da Lola.
A trama é tão patética que você fica lá, lendo e sabendo que a autora quer meter na sua cabeça que Lola está a maior parte do livro em um relacionamento que não é o certo para ela, de repente revelando Max como um cretino (porque talvez você não tenha percebido que você precisa detestá-lo) e Cricket como um cavaleiro andante (eu achei ele um bocó andante). Além disso, qual é a destas escritoras em relação a triângulos amorosos? Chega, caramba!!!! Todos estes triângulos amorosos de YA pipocando por aí nem são triângulos, porque você sempre sabe com quem a mocinha vai ficar.
Agora vamos as participações especias: Anna e St Clair. Eu não morri de amores por Anna e o Beijo Francês, mas aqui os dois se superaram: estão ridículos. Ficam para cá e para lá como um casal clichê perfeito simplesmente mandando as favas o fato de que na história dos dois há poucos meses antes destas cenas em Lola e o Garoto da Casa ao Lado, St. Clair estava com outra namorada, choramingando pelos cantos porque queria ficar com a namorada e com Anna.
Fazendo uma pequena retrospectiva: eu não liguei a mínima para Lola, seu passado com os gêmeos, seus problemas com a mãe que a abandonou, seu relacionamento com os pais que a criaram. Lola é imatura e reclamona e egoísta e mentirosa. Ela passa negando seus sentimentos e é preciso a melhor amiga Lindsey dizer que todos já perceberam sua paixão por Cricket para Lola perceber seus sentimentos e passar a reclamar porque ele a feriu e magoou e ela não quer estar apaixonada por ele e ela quer estar com o namorado Max (para quem ela passa mentindo) e mesmo assim ela vai atrás de Cricket e brinca com os sentimentos dele... realmente, como eu poderia gostar de uma pessoa ruim assim?!
Na minha opinião, que é contrária a maioria das resenhas que li por aí, Cricket é um personagem de dar pena e de sexy não tem nada. Pelas descrições feitas no livro ele não é nada atraente, muito esquisito, desengonçado e a única coisa que justifica a paixão de Lola é o elevador legal que ele fez para as bonecas dela quando eram pequenos. No mais ele nunca soube se decidir sobre o que queria, lutar por isso e, o mais importante, falar. Para completar o coitado do garoto passa a maior parte do livro fora de cena, apesar de Lola falar nele o tempo todo. Lola fala tanto nele que irrita! Até quando está falando em Max ela puxa Cricket para dentro da cena, mesmo que seja para dizer que a culpa de tudo o que está errado é pura e exclusivamente dele.
Sobre os pais de Lola... eles são chatos e esquisitos. Tudo o que a garota gosta eles desgostam. Tudo o que ela faz é errado. Eles tratam Max mal o tempo todo, depois empurram Crickt para cima de Lola só para o afastar quando dá certo. E a obsessão pela diferença de idade entre Lola e Max? Caramba, ele só tem 22 anos!!!! Isso me fez pensar no seguinte: Não adianta controlar cada passo da sua filha porque se ela quiser fazer sexo com alguém ela fará; não precisa ser com alguém 5 anos mais velho, pode ser com alguém da mesma idade. Muito irritante eles acharem que por Max ter 22 anos a filhinha deles está em perigo.
Resumindo: Max foi o único personagem em todo o livro do qual gostei e a autora tentou ferrar com ele na marra. No final ele se mostra o malvado da história, confirmando o que os pais problemáticos da problemática Lola afirmavam: ele é mais velho, por isso não é bom para a menininha inocente, ele não é confiável (cantor de banda, tatuado...) e por isso precisa partir o coração de Lola. Acontece que a imbecil terminou com ele para ficar com Cricket e depois ficou dizendo que Max partiu o coração dela. ME POUPE!!!!
Fica bem claro que Lola nunca gostou dele e que só o usou para irritar os pais e se mostrar para os amigos. Beleza de protagonista. Max era legal, esperto e se esforçou muito para fazer tudo da melhor forma possível, com uma tremenda paciência e a autora tentou transformá-lo num idiota para facilitar as coisas para a protagonista.
Não, eu não tenho como gostar deste livro, porque não consigo gostar de Lola, já que a garota é quase tudo que desgosto nas pessoas. Impossível para mim ficar triste quando ela fica lamentando ter perdido um cara que não importava a mínima (que ela mesma me fez detestar) enquanto mentia descaradamente para o namorado de quem eu gostava.
Não vou recomendar o livro nem se quer pelas perucas que Lola usa. Eu amo perucas, mas ler isto tudo foi uma tortura. Mesmo assim, para quem ainda não leu e quiser arriscar, pegue o e-book abaixo e boa sorte.
AQUI!!!!
Não costumo gostar de capas com fotos.
Este é um bom exemplo de capa com foto que me desgosta.
Achei feinha demais.
Da garota na capa que faz às vezes de Lola,
apenas a peruca me lembra a protagonista,
pois Lola costuma se vestir como uma Drag Queen
e a garota da capa está discretamente vestida.