Mary Stewart
SINOPSE:
A bonita mas problemática Gianetta não parece capaz de escapar de seu passado, sua dor ou de seu ex-marido; nem mesmo em um hotel na remota ilha escocesa de Skye. Porém, um dos outros hóspedes do hotel também tem segredos a manter... e uma inclinação para o assassinato. E agora o assassino tem olhos apenas para Gianetta.
COMENTÁRIOS:
Quem lê este blog com certa frequência deve saber que sou louca pelos livros de Mary Stewart. Na minha opinião, Stewart é uma grande escritora, com a capacidade de presentear o leitor com heroínas que causam grande empatia, com cenários exóticos e atrativos e com tramas muito boas, de crescente tensão e ótimos desfechos.
Fogueiras à Meia-noite tem como cenários as Hébridas e sua protagonista é Gianetta Brook, uma modelo divorciada (algo raro para a época - 1956). A mocinha, que gosta de ser chamada de Janet, após um esgotamento físico (ela trabalhou até não mais poder após seu divórcio do escritor Nicholas Drury), acatou a sugestão do chefe e saiu de férias. Seus pais sugeriram uma visita a um hotel isolado onde pescadores e montanhistas costumavam se hospedar. Gianetta foi e, logo após a chegada, descobriu que seu ex-marido também era hóspede do hotel.
A moça percebe que algo não parece bem no hotel e descobre que uma jovem da vila mais próxima foi assassinada numa espécie de ritual, nas montanhas. Aparentemente o assassino era um dos moradores da vila, ou um dos hóspedes do hotel. Claro que tudo isso não ajuda a tornar o ambiente acolhedor e, a presença do ex-marido só piora as coisas para a protagonista.
O livro transmite a sensação de ser um mix de literatura gótica com uma mistério de assassinato britânico, ao estilo Agatha Christie. As coisas começam lentamente, mas a intensidade da história vai aumentando capitulo a capitulo, com cenas repletas de ação, como as relacionadas as buscas pelas montanhas por uma pessoa desaparecida e, o melhor de tudo, Gianetta fica em perigo, mas nada disso acontece por ela ter perdido a inteligência, como costuma acontecer com algumas mocinhas.
É divertido ler o livro, também, para acompanhar certos costumes da época (as modelos precisavam de acompanhantes para manterem o "bom nome", praticamente todos os personagens fumam, o ex-marido da mocinha a traiu, mas ela aceitava tranquilamente a culpa, já que o colocara de lado por conta da carreira, etc...) e acontecimentos que eram atuais (as celebrações da coroação da Rainha Elizabeth).
Enquanto o mistério é bem desenvolvido, o romance fica em ultimo plano. O relacionamento entre Gianetta e Nicholas nunca é aprofundado e, depois das palavras dela no inicio do livro sobre como foi o casamento de ambos, chegamos a um entendimento mutuo de que devem voltar a ser marido e mulher, mas, tudo bem, isso não chega a prejudicar a história, embora eu não tenha simpatizado com um mocinho que traiu a esposa por conta do seu egoismo.
Este não é um dos melhores livros de Mary Stewart, mas é um bom livro e vale a pena ser lido.
Esta é a capa do meu exemplar.
Gosto muito dela, apesar de estar meio desbotada.
Versão em inglês.
Gostei muito mais destes tons.
Muito charmosa esta capinha antiga.
Nota: a protagonista é ruiva mesmo.
Não é uma capa feia,
mas eu prefiro mais destaque nas imagens.
Típica capa sem personalidade.
Igualmente sem graça.
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