This House is Haunted
John Boyne
SINOPSE:
Eliza Caine tem 21 anos e acaba de perder o pai. Totalmente sozinha e sem dinheiro suficiente para pagar o aluguel na cidade, ela se depara com o anúncio de um tal H. Bennet. Ele busca uma governanta para se dedicar aos cuidados e à educação das crianças de Gaudlin Hall, uma propriedade no condado de Norfolk – sem, no entanto, mencionar quantas são, quantos anos têm ou dar quaisquer outras explicações. Assim, ela larga o emprego de professora numa escola para meninas e ruma para o interior.
Chegando a Gaudlin Hall, Eliza se surpreende ao encontrar apenas Isabella, uma menina que parece inteligente demais para sua idade, e Eustace, seu adorável irmão de oito anos. Os pais das crianças não estão lá. Não se veem criados. Ela logo constata que não há nenhum outro adulto na propriedade, e a identidade de H. Bennet permanece um mistério.
A governanta recém-contratada busca informações com as pessoas do vilarejo, mas todos a evitam. Nesse meio-tempo, fica intrigada com janelas que se fecham sem explicação, cortinas que se movem sozinhas e ventos desproporcionais soprando pela propriedade. E então coisas realmente assustadoras começam a acontecer…
COMENTÁRIOS:
Este livro tem a mesma trama de um monte de outros livros góticos: uma jovem comum que se encontra sozinha no mundo e que assume a posição de governanta em um lugar distante e se encontra em uma casa antiga, grande, assustadora e cheia de segredos, em uma cidade repleta de pessoas que parecem ter muito gosto por fofocar, menos com ela.
As crianças que a protagonista fora contratada para ensinar e cuidar (embora ela passe a maior parte do tempo fora de casa) são bem educadas, espertas, charmosas e parecem ocultar algo. Os pais das crianças não estão presentes e ninguém conta o porquê disso. A governanta anterior foi embora e ninguém sabe que fim ela levou. Não há criados a vista. Tudo isso e mais um pouco e a mocinha aceita as coisas tranquilamente.
Boa parte das características de um livro gótico pipocam ao longo da leitura: segredos escondidos no sótão, múltiplas mortes misteriosas, passagens secretas, silhuetas vistas pela janela e que somem rapidamente, perguntas não respondidas, crianças assustadoras e por aí vai.
Claro, como sou apaixonada por livros góticos, ao descobrir este livro e ler a sua sinopse eu fiquei enlouquecida. Saí disposta a comprá-lo, mas não encontrei. Enquanto esperava para tentar mais uma busca, achei o epub e li... graças a deus não comprei, pois este livro é uma droga!
Para começar, a personagem principal, Eliza Caine, é alguém que parece totalmente fora da realidade; ela não é uma personagem da qual se possa gostar, não é alguém que se comporta como uma pessoa se comportaria nas situações em que se vê metida, é mais rasa que uma poça e por aí a fora. Para tornar tudo pior, não há se quer uma personagem que valha a pena em todo o livro. Todos, absolutamente todos, são antipáticos, vazios, entediantes. Juntando a isso uma história absolutamente obvia e previsível, totalmente anticlimática e fraca, temos algo sem graça, que poderia ser algo bom, mas na verdade resulta em algo chato.
Eliza é descrita como a garota feiosa de coração enorme e bondoso... ou pelo menos é o que o autor sugere, mas faz com que a moça se comporte de forma nada adequada a estas qualidades (além disso a moça se sente atraída por praticamente todos os homens jovens que encontra e fica fantasiando romance com cada um deles, o que só fez com que ela parecesse mais vulgar e tola).
As cenas de terror e suspense são tão previsíveis que ficou difícil levar a sério a trama, já que tudo parecia uma piada mal feita. Alguns plots surgiram na obra e não levaram a nada; foram abandonados no meio do caminho e sua unica função foi enrolar para dar mais páginas a história.
Além da personagem idiota e obviedade da história uma das coisas que mais me incomodou foi todo o anacronismo presente na linguagem, que acabou por arruinar qualquer ilusão de que a história havia sido escrita em 1860. Exemplo: as crianças chamam a moça de Eliza Caine e não de Senhorita Caine. As pessoas se chamam pelos primeiros nomes sem se quer se conhecerem direito e mais algumas formas de expressão que não existiam na época.
A premissa do livro é muito boa e poderia ter sido uma ótima leitura, mas o uso da "prosa de Dickens" que o autor insistiu em usar, além de ser mal usada, me afastou ainda mais das personagens.
Fica muito difícil defender um livro que falhou em todos os aspectos a que se propôs. Eu sei que várias pessoas gostaram da leitura, mas como eu sou uma ávida leitora de livros de mistério, suspense e góticos, fiquei chocada com a superficialidade, a enxurrada de clichês mal usados, os personagens, que me fizeram desejar que se dessem mal, ao invés de torcer por eles, fantasmas ridículos, mistérios patéticos... um dos livros que está presente na minha lista dos dez piores que já li em toda minha vida até o presente momento. Achei tão, mas tão ruim que não pretendo ler absolutamente mais nada deste autor. Boa sorte para quem for tentar.
PS:
Só para complementar, acredito que John Boyne tentou fazer uma releitura de Os Inocentes (A Outra Volta do Parafuso), de Henrry James e fracassou vergonhosamente no processo.
EBOOK AQUI
Para começar, a personagem principal, Eliza Caine, é alguém que parece totalmente fora da realidade; ela não é uma personagem da qual se possa gostar, não é alguém que se comporta como uma pessoa se comportaria nas situações em que se vê metida, é mais rasa que uma poça e por aí a fora. Para tornar tudo pior, não há se quer uma personagem que valha a pena em todo o livro. Todos, absolutamente todos, são antipáticos, vazios, entediantes. Juntando a isso uma história absolutamente obvia e previsível, totalmente anticlimática e fraca, temos algo sem graça, que poderia ser algo bom, mas na verdade resulta em algo chato.
Eliza é descrita como a garota feiosa de coração enorme e bondoso... ou pelo menos é o que o autor sugere, mas faz com que a moça se comporte de forma nada adequada a estas qualidades (além disso a moça se sente atraída por praticamente todos os homens jovens que encontra e fica fantasiando romance com cada um deles, o que só fez com que ela parecesse mais vulgar e tola).
As cenas de terror e suspense são tão previsíveis que ficou difícil levar a sério a trama, já que tudo parecia uma piada mal feita. Alguns plots surgiram na obra e não levaram a nada; foram abandonados no meio do caminho e sua unica função foi enrolar para dar mais páginas a história.
Além da personagem idiota e obviedade da história uma das coisas que mais me incomodou foi todo o anacronismo presente na linguagem, que acabou por arruinar qualquer ilusão de que a história havia sido escrita em 1860. Exemplo: as crianças chamam a moça de Eliza Caine e não de Senhorita Caine. As pessoas se chamam pelos primeiros nomes sem se quer se conhecerem direito e mais algumas formas de expressão que não existiam na época.
A premissa do livro é muito boa e poderia ter sido uma ótima leitura, mas o uso da "prosa de Dickens" que o autor insistiu em usar, além de ser mal usada, me afastou ainda mais das personagens.
Fica muito difícil defender um livro que falhou em todos os aspectos a que se propôs. Eu sei que várias pessoas gostaram da leitura, mas como eu sou uma ávida leitora de livros de mistério, suspense e góticos, fiquei chocada com a superficialidade, a enxurrada de clichês mal usados, os personagens, que me fizeram desejar que se dessem mal, ao invés de torcer por eles, fantasmas ridículos, mistérios patéticos... um dos livros que está presente na minha lista dos dez piores que já li em toda minha vida até o presente momento. Achei tão, mas tão ruim que não pretendo ler absolutamente mais nada deste autor. Boa sorte para quem for tentar.
PS:
Só para complementar, acredito que John Boyne tentou fazer uma releitura de Os Inocentes (A Outra Volta do Parafuso), de Henrry James e fracassou vergonhosamente no processo.
EBOOK AQUI
Esta capa é hedionda!
Um pouco melhor...
pena que parece com as capas de Hell House ou A Mulher de Preto.
Bela capa.