The Day of the Doctor

Sábado foi O Dia do Doutor :-D

Para Whovians como eu e meu marido, foi um dia mais do que especial..
A BBC permitiu que ao redor do mundo Whovian pudessem ir ao cinema assistir o especial de 50 anos de Doctor Who e nós fomos, com direito a Bow Tie ( Bow Ties are Cool) e a Fez (Fezzes are cool).
Não vou entrar em detalhes descrevendo o quão maravilhoso e fantástico foi (apesar do Cinemark ter cometido erros imperdoáveis), só vou postar algumas das fotos do nosso dia especial e repetir (sempre) que Doctor Who é amor, tristeza, alegria, medo, esperança e Timey Wimey Wibbly Wobbly :-D
Fez e Bow Tie para os dois.
Eu que fiz.
Ficou fofo.
E lindo!

Euzinha!

Iuriko!

Fazendo caretas :-)

Eu e a TARDIS ;-)
Doctor and Doctor :-D

Person of Interest

A série certa, na hora certa.


Isto vale tanto para a história apresentada, como para seus dois protagonistas, Jim Cazievel (que vinha sendo rejeitado em todos os papéis após fazer Jesus, no filme A Paixão de Cristo, de Mel Gibson) e Michael Emerson (o odiado Benjamin Linus, que foi um dos poucos a conseguir fazer sucesso após Lost). Já a história, tem tudo a ver com os dias atuais com agentes da CIA anunciando ao mundo que os EUA espionam basicamente todo mundo no mundo, o tempo todo; e esta é a premissa da série: você está sendo vigiado.
O vigilante, neste caso, não são equipes da agência nacional de segurança americana (NSA), mas uma máquina secreta, construída por Harold Finch, o personagem de Michael Emerson que é um gênio da informática e aparentemente um bilionário que oculta sua identidade, após o 11 de setembro, com o objetivo de, interpretando os dados obtidos diariamente,  detectar ameaças terroristas. Finch no entanto não trabalha mais para o governo, e começa a usar uma porta dos fundos no sistema, para tentar impedir não apenas grandes criminosos, mas proteger o cidadão comum, que a máquina detecta, está envolvido em alguma atividade que o levará a ser vítima ou autor de um crime de assassinato. Para isto, a máquina envia para Harold um número do seguro social (traduzido como CPF por aqui) da pessoa, mas sem nenhuma descrição se ele é vítima ou criminoso e qual a razão, e está aí o que preenche os episódios, investigar a pessoa e descobrir o que está acontecendo.
Mas Harold não é um combatente, inclusive tem problemas na cervical e não consegue sequer virar a cabeça ou andar sem mancar, por isso precisa de ajuda. Aliás, a série usa flashbacks, estilo Lost, para explicar o passado dos personagens, já que ambos evitam falar um para o outro sobre suas vidas, o que faz sentido em uma série sobre espionagem, paranoia e privacidade. E ele encontra a ajuda de alguém que não existe mais, um ex-agente da CIA dado como morto, John Reese, que por alguma razão está no fundo do poço e vive como mendigo pelas ruas. Finch o resgata e propõe uma sociedade, explicando a ele as regras do jogo, ou da máquina, e este aceita, tornando-se uma espécie de soldado ou cão de guarda, logo chamando a atenção da polícia que não o consegue identificar, chamando-o pela alcunha de "the man with the suit", ou em português, "o homem de terno". Semelhança com um certo agente britânico que responde pelo codinome 007? Sim, você verá muitos momentos de ação, homens em ternos bem alinhados, uma dose de humor (por sinal o jeito que o Jim Cazievel faz piadas lembra muito o eterno James Bond, Sean Connery) algumas mulheres sensuais, mas a história está mais para os filmes atuais de 007, menos canalhice e mais enredo.
Por falar em mulheres, esta é uma série para as que estão cansadas daquele modelo "dama-em-apuros" ou Penelope Charmosa e seu "socorrinho!". As mulheres neste seriado são fortes, decididas e tem personalidade. Tipo uma pessoa de verdade e não uma adolescente crepuscular, sabe? É bom ver personagens femininas que não sejam puro drama "tem três caras que querem me comer mas eu quero o mais sofrido porque eu sou sofrida e blá blá blá" (já citei Crepúsculo?) ou que o modo de mostrar personalidade seja ser uma devoradora de homens que no fim é uma insegura que só quer casar: Sex and the City). O tipo de decisão que me refiro aqui não é este tomar decisões egoístas ou quero sofrer ou quero ser amada, é realmente, na hora do aperto dizer "eu vou fazer as coisas deste jeito que é o melhor para todo mundo".  E esta série traz isto aos montes, os personagens podem errar, mas eles tem uma convicção e a seguem e não tem medo de tomar decisões mesmo que isto lhes custe a vida.
As heroínas

Com personalidades fortes assim, você acaba aos poucos deixando de lado o enredo de espionagem e concentra-se nas pessoas e inter relações, o que é um deleite quando se tem na tela atores do calibre que Person conseguiu reunir. É uma série que talvez comece devagar e um tanto repetitiva, mas que soube evoluir com um timing ótimo e tem ótimos finais de temporada, ao melhor estilo arrancar os cabelos.
Para completar temos o Bear.

Nota: 9.8 (só não leva 10 porque uma das personagens femininas a atriz foi substituída e a atual é muito inferior).

Branca de Neve tem que Morrer

Snow White Must Die

Nele Neuhaus

SINOPSE:

Numa noite chuvosa de novembro, Rita Cramer é empurrada de uma passarela e cai em cima de um carro em movimento. Pia e Bodenstein, da delegacia de homicídios, têm um suspeito: Manfred Wagner. Onze anos antes, a filha de Manfred desaparecera, sem deixar pistas, e um processo baseado em provas circunstanciais condenou Tobias, filho de Rita Cramer, a dez anos de prisão. Logo após cumprir a pena, Tobias retorna à sua cidade natal e, repentinamente, outra garota desaparece. Os acontecimentos do passado parecem repetir-se de maneira funesta. Pia e Bodenstein se deparam com um muro de silêncio. As investigações transformam-se numa corrida contra o tempo, iniciando uma verdadeira caça às bruxas. 


COMENTÁRIOS:



Em Branca de Neve tem de Morrer conhecemos Tobias Sartorius, que aos 20 anos foi condenado a dez anos de prisão por duplo homicídio e, após ter cumprido sua pena, volta a casa de seus pais na esperança de recomeçar a vida. Ao chegar em casa Tobias descobre que nestes dez anos o restaurante do pai havia falido, que sua mãe havia ido embora e que os pais tinham uma dívida enorme com o homem mais rico da cidade e pai de seu antigo amigo de infância, Lars. Para complicar mais ainda as coisas, logo no inicio do livro um corpo é encontrado, depois a mãe de Tobias sofre um atentado e outra moça desaparece.
O livro poderia ter resultado em uma leitura fantástica, o que não aconteceu. Me encontrei perdida em meio a tantas informações, tantos personagens, tantas fontes narrativas, tanta confusão. Tenho a sensação de que a autora desejava escrever sobre um homem inocente tentando recomeçar a vida e provar sua inocência, mas é tanta coisa atirada ao longo da história que esta ideia acabou por se perder.
Um corpo é encontrado, depois Tobias é solto e volta a cidade onde morava, sua mãe sofre um atentado, dois personagens são atacados, homens mais velhos tem casos com moças de 17 anos, estupro, corrupção, mentiras... tudo acontecendo em uma minuscula cidade do interior e tudo sendo investigado por uma dupla de investigadores péssimos, que estão mais preocupados com suas vidas do que em desvendar os crimes (daí precisamos acompanhar os dramas de ambos; ela  querendo aumentar a casa, ele descobrindo que a mulher o está traindo).
O que acabou por acontecer é que a trama central ficou obscurecida por tantos outros crimes e variados criminosos e, para piorar, apesar de ser o primeiro livro traduzido desta autora para o português este é o quarto livro de uma série, então, obviamente já deveríamos conhecer a dupla de investigadores, o que não acontece.
Para falar a verdade parece que somos conduzidos em uma direção em logo em seguida lançados a outra, puxados de volta, empurrados para longe... pistas falsas, tramas obvias e personagens sem profundidade, além de certos detalhes que me incomodaram bastante:

 1) O título, apesar de belo, não diz nada em relação ao livro. Sim, há uma personagem representando Branca de Neve, mas ela já está morta há quase 11 anos quando a história começa. Me pergunto então por que Branca de Neve tem que Morrer, se ela já foi morta.

2) Tobias teve um apagão quando os crimes aconteceram quase 11 anos atrás, mas ter um segundo apagão quando outra moça some na época atual foi muito forçado.

3) A parte final do livro parece não avançar. Simplesmente nada acontece de relevante, acabando com a tensão e entediando até a alma.

4) Todas as vezes que se chegava a uma conclusão natural na investigação a trama retrocedia e algo mais aparecia, dando novas possibilidades.

Eu não gostei da leitura, o que é uma pena. Foi a primeira vez que li algo escrito por uma autora alemã e esperava gostar. Me esforcei para ler até o fim com boa vontade e até senti curiosidade, mas a uma certa altura já não me importava mais com a resolução do mistério.


Pelo que sei os livros de Nele Neuhaus vão ser adaptados para a TV e o primeiro a ser feito foi este, com Oliver Von Bodensteis e Pia Kirchhoh interpretados pelos atores Tim Bergmann e Felicitas Woll. Tobias é interpretado por Vladimir  Burlakov. Confesso que não coloquei um rosto nos detetives, mas não imaginei Tobias com o rosto que foi escolhido (no livro ele é descrito como um belíssimo homem de 30 anos, de cabelos negros e olhos azuis).



 
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