Publicado em inglês com os títulos de Midnight Magic (1990) e Luck be a lady (2002).
Foi lançado no formato Julia com o título de Sedução e Confusão, contando 160 páginas.
Eu li a Versão no formato Clássicos históricos Especiais, de 314 páginas (que já tem menos páginas que os originais em inglês).
SINOPSE:
Inglaterra, 1810
Um encontro e tudo mudaria...
Charity Standing é loira... linda... e a mulher mais desejável de Devonshire. O único problema é que ela é pé-frio. Não uma pé-frio qualquer, ela é capaz de deixar o mundo de pernas para o ar. Como um gato preto, os problemas a seguem para onde quer que vá...
Douglas Austen é um homem de gosto impecável, mas de criação pouco satisfatória na ilha de Barbados. Ele não consegue arranjar uma esposa na poderosa alta sociedade de Londres. Muito rude, muito atrevido e excessivamente escandaloso, perdeu três mulheres para homens mais respeitáveis. Seu destino, porém, está prestes a mudar... Num piscar de olhos Charity cruza seu caminho — e a vida deles vira do avesso!
COMENTÁRIO:
A protagonista, Charity Standing, segundo as crenças ciganas de sua avó (que viveu entre os ciganos dos dois aos doze anos), nasceu sendo pé-frio e, ao longo de sua vida, foi cercada de acidentes e tragédias.
Douglas Austen, Visconde de Oxley, apesar de nobre, fizera fortuna trabalhando em Barbados e tinha modos muito diretos e agressivos para ser apreciado na corte. Após ser rejeitado por três damas em sequencia, está mais do que nunca disposto a casar com uma Lady.
Eu dei boas risadas com os desastres que precedem e seguem Charity. Simplesmente um seguido do outro. A moça é um imã para desastres de todos os tipos. O pobre Douglas quase morre ao conhecê-la e isto se repete seguidas vezes, enquanto convive com ela.
O livro começa com a missa rezada para encomendar a alma do pai de Charity; em poucas linhas temos uma chuva torrencial, um caixão caindo de ponta cabeça dentro da cova, um dos criados caindo na cova com o caixão e uma mocinha correndo campina a fora feito doida, toda de preto. Ela consegue assustar os cavalos da carruagem de Douglas, provocando um acidente que o faz cair de cabeça na única pedra presente ao seu alcance. A moça tenta socorrê-lo, mas ao não conseguir, volta para casa em busca de ajuda... nesta parte eu tive meu primeiro momento de irritação: ela é levada para o quarto por pensarem que está em choque pelo que aconteceu no enterro e simplesmente deita e dorme e deixa o homem lá, caído no meio do nada. Sério ;-p
Bem, mais tarde outro acidente acontece e Douglas precisa ser hospedado na casa de Charity até melhorar. Pobre coitado. Depois de uma pedrada na cabeça e um tiro, ele se queima, abre os pontos, corta o rosto, bate novamente a cabeça... provavelmente ele sobrevive porque deveria ser o homem mais sortudo do mundo!!!! Assim como o cachorro de Charity, Wolfram, o personagem mais divertido do livro :-)
Os personagens que mais aparecem são a avó de Charity (supersticiosa e sempre espalhando amuletos por onde passa, inclusive pendurando nas pessoas contra a vontade delas) dois dos criados que cuidam da moça desde pequena e são totalmente desastrados (eles renderam ótimas risadas, principalmente aquele que caiu na cova do patrão e achava que seria o próximo a morrer), Wolfram, o cão impagável e feioso, que escapara da morte inúmeras vezes e que desmaiava ao ver ou farejar sangue (hahahahahahahahaha), a avó esnobe de Douglas (as cenas entre as duas avós são ótimas, inclusive os apelidos "carinhosos" que uma coloca na outra) o gato Cesar e o vilão, que quer a mocinha a qualquer custo (carinha chato, parte da história chata). Temos outros personagens, mas eles realmente não importam para o desenrolar da história.
Bem, como já tive minha cota de romances hot, super hot, mega hot e por aí a fora, as cenas de sexo são chatas e repetitivas. Para quem gosta é um prato cheio, porque a certa altura elas acontecem de monte ¬¬ Pelo menos elas me renderam uns minutos de diverção, observando meu marido ler e opinar sobre uma delas, hehehehehehe.
Resumindo, gostei do livro, mas não amei. Achei a mocinha de certa forma irritante e, como Wolfram apareceu muito pouco a partir da metade do livro até o final, a leitura ficou menos interessante.
1 comentários:
Realmente, as cenas de sexo não muito mal-feitas. Dentro de um mesmo parágrafo usam lirismo romântico e pornografia pura, ficando sem graça nenhuma, até pra nós homens (que segundo a Sônia Abrão são todos iguais e tarados estupradores) :)
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