SINOPSE:
Paixão. Destino. Lealdade. Você arriscaria tudo para salvar seu grande amor? Kelsey Hayes perdeu os pais recentemente e precisa arranjar um emprego para custear a faculdade. Contratada por um circo, ela é arrebatada pela principal atração: um lindo tigre branco. Kelsey sente uma forte conexão com o misterioso animal de olhos azuis e, tocada por sua solidão, passa a maior parte do seu tempo livre ao lado dele. O que a jovem órfã ainda não sabe é que seu tigre Ren é na verdade Alagan Dhiren Rajaram, um príncipe indiano que foi amaldiçoado por um mago há mais de 300 anos, e que ela pode ser a única pessoa capaz de ajudá-lo a quebrar esse feitiço. Determinada a devolver a Ren sua humanidade, Kelsey embarca em uma perigosa jornada pela Índia, onde enfrenta forças sombrias, criaturas imortais e mundos místicos, tentando decifrar uma antiga profecia. Ao mesmo tempo, se apaixona perdidamente tanto pelo tigre quanto pelo homem.
MINHA OPINIÃO: Cheia de Spoilers
Acabei de ler A Maldição do Tigre e sinto a necessidade muito intensa de
compartilhar minha opinião sobre ele.
Em
primeiro lugar vou tratar da capa; quando a vi pela primeira vez
fiquei encantada. Muito, muito bonita, com o belo tigre de olhos
azuis meio que brotando do cenário. Parece que ele foi flagrado
atravessando um espelho e aos poucos passa de um lado de reflexo para
o lado real, se é que vocês me entendem. Há também um suave tom
metalizado contornando a face do animal e arabescos na parte superior
da capa, como uma moldura.
Então,
conquistada pela capa, li algumas resenhas sobre o livro. Eu não
costumo me deixar levar pela opinião alheia, mas, todas as resenhas
que li elogiavam além da conta a história e, encantada como eu
estava pela capa, me agradei por saber que era uma aventura romântica
sobrenatural sem ter vampiros ou lobisomens. Não que eu não goste
de vampiros e lobisomens e suas histórias, mas convenhamos, nos
ultimos anos temos sido bombardeados por livros com estas criaturas e
a maioria deles estão longe de serem se quer passaveis.
Pois
bem, encantada pela capa, curiosa pela trama e estimulada pelas
resenhas, ganhei o livro do meu marido, esperei alguns dias para
estar bem descansada e comecei a leitura. Sou obrigada a concordar
com a maioria das resenhas que li que dizem que ao começar a ler
dificilmente você vai parar de ler antes do fim, mas, no meu caso,
não foi por ter achado o livro fantástico e sim porque, até a
ultima página, eu esperava que as coisas melhorassem. Que ilusão!
Estou
me perguntando como...COMO este livro se tornou um bestseller e até
mesmo vai se tornar um filme.
Já
de cara fiquei boba com a superficialidade do texto. Algo que
necessitava ao menos duas páginas de desenvolvimento é apresentado
em um paragrafo (por exemplo: mocinha encontra tigre solto e só
depois de um bom tempo ela “percebe” que poderia ser perigoso
ficar no mesmo ambiente com um animal selvagem... tá certo... e
depois, ao contar ao domador que isto aconteceu, o homem não liga a
mínima, só fica surpreso com a coragem e dedicação dela por ter
se preocupado com o tigre em primeiro lugar).
A
profundidade de todos os personagens é a mesma de um pires e todos
eles são clichês ambulantes. A protagonista pode estar pendurada
pelos dentes acima de um precipicio forrado de lanças envenenadas e
na sua cabeça haverá apenas a preocupação com sua paixonite pelo
principe enfeitiçado e seu belo peitoral, seus belos olhos azuis
(herdados da mãe ASIÁTICA), seu lindo sorriso, seu macio cabelo,
etc, etc,etc...
Quando
a pretensa aventura começou minha reação foi dizer WTF1!!!! A
garota está para completar 18 anos em poucos dias e um cara surge do
além, compra o tigre e a convida para ir a Índia bancando a ama
seca do tigre; os tutores IRRESPONSÁVEIS dela dão a bênção e lá
vai ela, para um país desconhecido, com um desconhecido e um tigre.
TÁ CERTO!!!
As
cenas de pretensa ação são constrangedoras e retiradas de uma
grande lista de filmes de aventura, em especial "Indiana Jones" (fiquei
esperando pela grande bola despencando atrás deles pelos corredores
das cavernas). O casal tem que encontrar vários tesouros, como numa
campanha de RPG, mas a coisa desanda. Talvez se a autora tivesse
participado de alguns jogos de RPG, tivesse um material mais decente
para usar e não algo tão batido como a busca pelas reliquias da
morte... afinal, Harry Potter já fez isso antes e de forma bem
melhor descrita.
Tive
um momento de animo quando a estátua de uma deusa cria vida e fala
com a moça, dando a ela e ao principe artefatos mágicos (de volta
as campanhas de RPG), mas quase cai de cara no chão quando a deusa
pergunta...PERGUNTA se pode dar um conselho para eles. Putz!!! A
deusa-estátua que tinha me proporcionado um momento de satisfação
por ser ao estilo Harry Hausen pede licença para dar uma dica! WTF2!!!!!
Ah,
não posso esquecer que Ren, o principe bonzinho e tigre branco tem
um irmão mauzinho e tigre preto chamado Kishan... só eu senti
vibrações ao estilo "The Vampire Diaries" e um lance meio Salvatore?
Só que mais uma vez a autora naufraga. Kishan é um tolo convencido
com uma tragédia imbecil nas costas e Ren, o carinha que leva uma
maldição nas costas há mais de 300 anos, anda vestido com roupas
de grife e se comporta como um adolescente americano, ao invés de se
comportar como um principe indiano de 21 anos enfeitiçado há
séculos.
A
certa altura entrei num ciclo de Deja vu, quando a protagonista
resolve manter o principe afastado uma vez que ele não poderia estar
apaixonado por ela, já que ele era lindo demais. O principe se
declara, ela o repele, ele se declara, ela o repele e assim vai...e
vai... vai... "suspiro"...
então de repente ela decide voltar para casa e abandonar a procura
pelos tais tesouros, mas... esperem aí... e toda aquela história de
ela ser especial, e ela quebrar a maldição e toda aquela
lenga-lenga?! A criatura simplesmente pula for a porque o cara é
bonito demais? WTF3!!!!
Depois
de ganhar o livro fiquei sabendo que ele fazia parte de uma série de
cinco livros. Mais um desta febre de séries de livros sobrenaturais.
Depois de ler o livro descobri que a autora se inspirou para
escrevẽ-lo após ler Crepúsculo... sim...SIM...se eu soubesse
deste PEQUENO detalhe antes, jamais teria dito ao meu marido que
queria ganhá-lo. Já basta eu ter lido toda a série idiota da S.
Meyer e comprado todos os livros porque sou compulsiva, era só o que
faltava começar a ler os livros das fãs dela. Foi uma boa lição
para mim, no entanto. Jamais vou tornar a levar em consideração as
opiniões dos outros quando se tratar de comprar um livro :-p (no Blog da Sô tem um texto bem legal sobre blogs que fazem parceria e só elogiam os livros ao invés de darem uma opinião verdadeira).
PS1:
Já participei de uma campanha de RPG mestrada pelo meu marido anos
atrás e nela havia um porquinho que era um principe enfeitiçado e
as “protagonistas” eram 3 meninas de 14 anos... a história era
bem mais emocionante e as meninas bem mais adultas do que a
protagonista deste livro.Aliás, acho que vou escrever a história
desta campanha de RPG e das demais que participei, publicar e lançar
como série de livros; quem sabe vira febre que nem vampiros que
brilham no sol :-D
PS2: Também descobri que a série favorita da autora é "The Vampire Diaries"....ooooqueeeiiii, bem que eu tinha suspeitado.
1 comentários:
Pior dinheiro gasto em anos.
Lixo de livro.
E olha que eu nem li.
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