Withley Strieber
SINOPSE:
Miriam é uma mulher fascinante que tem o dom da imortalidade. Nenhum homem, nenhuma mulher está a salvo dos carinhos fatais que ela exerce para saciar sua fome de viver.
COMENTÁRIOS:
Miriam Blaylock é uma vampira cuja vida teve inicio no antigo Egito. Ela teve vários companheiros humanos ao longo de sua existência, a fim de aliviar a solidão. Seu sangue permitia que eles vivessem por muito mais tempo que o normal, mas, eventualmente, cada um de seus companheiros começava a envelhecer de forma irreversível, tornando-se uma espécie de múmia com consciência. Quando isso acontecia, Miriam colocava cada um de seus companheiros em um caixão e os mantinha consigo.
O livro começa quando John Blaylock, o companheiro mais recente de Miriam, começa a envelhecer. Ela fica surpresa com o pouco tempo que John durou antes do processo ter inicio (aproximadamente 200 anos). Secretamente a protagonista vinha acompanhando o trabalho da Doutora Sarah Roberts, uma brilhante cientista cuja pesquisa poderia ser a cura para John, mas a busca de Miriam pela cura para ele logo tem fim, assim que John se torna incontrolável, o que leva Miriam a tentar conquistar Sarah.
Miriam é uma personagem corajosa e destemida e ao mesmo tempo cuidadosa na escolha de sua vítimas, com medo de ser ferida de tal forma que se tornasse vulnerável, o que lhe traria um destino pior que a morte. A casa dos Blaylock é uma fortaleza, onde ela recriou partes de sua vida e onde se protege do que aconteceu a sua família no passado.
A personagem Sarah surge com um ponto interessante: a ligação entre sono e longevidade e Miriam se interessa pela pesquisa; seria possível para os seres humanos evitar o envelhecimento usando as descobertas de Sarah? Se assim fosse Miriam poderia usar estas descobertas para criar um companheiro realmente (a) imortal.
O passado de Miriam é mostrado através de rápidas passagens sobre Roma Antiga, a Europa na Idade das Trevas, a Inglaterra no século 18, tudo remontando ao Egito antigo numa referência a Lamia.
Neste livro Withley Strieber tenta conciliar o mito popular do vampiro com a ciência moderna e o resultado foi bem interessante. A palavra "vampiro" em si não é mencionado em qualquer lugar em todo o livro, o que pode ser uma tentativa de evitar a expectativa de uma versão mais tradicional do mito.
Na versão de Strieber vampiros não são criaturas sobrenaturais, mas sim outra espécie que evoluiu em paralelo com a humanidade; eles não pegam fogo ao serem expostos ao Sol, não temem lugares sagrados ou símbolos religiosos e não possuem presas... apenas necessitam de sangue para viver.
Algumas das idéias propostas pelo autor sobre a vida eterna provocam incomodo, como a de "imortalidade" no sentido mais puro; não importa o que acontecer ao corpo do vampiro, ele estará vivo... sempre... pela eternidade.
A protagonista, Miriam, é um monstro. Ela transforma seres humanos em híbridos de humanos e vampiros sabendo o que vai acontecer a seus amantes, ou seja, eles, não sendo vampiros e sim híbridos, vivem jovens por séculos, só que a uma certa altura, envelhecem rapidamente todo o tempo vivido desde a transformação.
A ideia de Strieber foi original e ele se saiu bem, apesar de eu não me sentir muito envolvida pela história (odiei Miriam a cada segundo). Recomendo para quem quer ler algo sobre vampiros que não brilhem no sol e bebam sangue. Vale pela experiência ;-)
Um filme foi feito em 1983 e eu vi o filme antes de ler o livro. Algumas pessoas consideram o livro melhor e talvez seja, nas partes que explicam o passado e a parte científica, mas não posso ignorar que John foi interpretado pelo fantástico David Bowie e a interpretação dele foi irretocável. Miriam foi interpretada por Catherine Deneuve e Sarah por Susan Sarandon. O filme não segue exatamente os passos do livro e o final é bem diferente, com uma cena colocada na pós-produção para permitir uma sequência. A abertura do filme é marcante, com cenas em uma boate estilo gótico e ao som de Bauhaus, cantando Bela Lugosi is dead.
Esta capa é absolutamente horrível... mesmo :-D
Quase a mesma capa, mas conseguiu ser bem melhor.
Como pode???
Gostei mais que as anteriores.
Cartaz do filme The Hunger.
Cenas do filme.
OBS: Lâmia - eram seres imaginados pelos gregos como mulheres belas e fantasmagóricas, que devoravam crianças ou que, com artifícios sensuais, atraíam os jovens a seus leitos para devorá-los ou sugar-lhes o sangue. Chamavam-se também de Lâmias um tipo de monstros, bruxas e espíritos femininos.
Presume-se que podiam tomar forma humana, mas supunha-se que, ao atingir seu objetivo, retornavam à sua forma verdadeira de mulher-serpente, ou de uma besta quadrúpede e feroz.
Na Alta Idade Média, o termo lâmia referia-se a espíritos que voavam a noite, do folclore popular. Depois de 1450, as lâmias começaram a aparecer em tratados inquisitoriais de feitiçaria, referindo-se a feiticeiras. Alguns deles derivavam erradamente seu nome do latim laniare ("lanhar"), porque as bruxas, segundo os autores, devoravam carne humana.
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