2012
Ransom Riggs
Este é o primeiro volume de uma trilogia e também é o primeiro livro do autor.
MEUS COMENTÁRIOS:
O jovem protagonista, após sofrer uma perda traumática, parte em viagem com seu pai para uma ilha galesa. Na verdade ele está seguindo pistas deixadas por seu avô. É neste local que ele encontra o Orfanato. A história é contada através do texto, narrado pelo protagonista e usando de apoio algumas fotos originais, pertencentes a coleções pessoais. O próprio Ransom é colecionador de fotografias antigas e, fazendo uso das suas e com o auxilio de outros colecionadores, ele criou esta aventura fantástica.
O "herói" da história é Jacob Portman, de dezesseis anos, de família rica, mimadinho, birrento e chatinho. Seu avô foi um grande amigo, que lhe contava história magnificas sobre o tempo em que viveu no orfanato da Srta. Peregrine, só que Jacob, a medida que vai crescendo, deixa de acreditar nas histórias do avô e começa a desprezá-lo, desrespeitá-lo e rejeitá-lo (sim, Jacob é um desses adolescentes insuportáveis e ingratos).
Após a morte do avô, executado por uma criatura parecida com algo saído de pesadelos, ele fica em tal estado de nervos que os pais decidem interná-lo. Com esforço ele convence o pai a viajar com ele até gales (o pai logo concorda, já que era admirador de pássaros). Após se assentarem na pensão local, o garoto sai em busca do Orfanato. Encontra o local abandonado e destruído... na verdade, mais ou menos.
Jacob conhece uma garota, Emma, e através dela acaba conhecendo as outras crianças peculiares, o "verdadeiro" Orfanato e a Srta. Peregrine. Logo é explicado que o grupo e o local estão presos em um loop originado em 1940, na véspera do bombardeio que destruiu o local. Após idas e vindas, conversas e discussões, o rapaz descobre que seu avô fora morto por um hollowgasts (os vilões da história) e que havia um na ilha a espreita deles.
Quando o livro foi lançado eu dei pulos de alegria, antecipando o prazer da leitura, antecipando uma história forte, com mistério, uma boa trama, uma aura gótica, charme na escrita e muito mais, só que infelizmente não encontrei nada disso.
O inicio do livro é interessante, muito mesmo, mas assim que o avô se retira, o dramalhão começa. As fotografias são muito interessantes e dão um ótimo ambiente ao livro, mas infelizmente Ransom escreveu em cima delas, criando sua história tentando englobar todas as fotos que usa e as coisas ficam estranhas, e eu digo estranhas de forma nada positiva (há um grande exagero para fazer uso de todas as fotos na narrativa).
O livro, direcionado para adolescentes, fazendo uso de personagens adolescentes, mostra os mesmos se comportando como crianças e teria ficado bem melhor se seus protagonistas tivessem lá seus 10, 11 anos, no máximo (Jacob é uma pessoa insuportável, que humilha os funcionários do mercado da família, que reclama o tempo todo por não ter amigos mas que não tem a capacidade de ser simpático com ninguém e os demais personagens são tão rasos que não dá para extrair nada deles, assim como não dá para sentir nada além de irritação por eles, em algumas passagens).
Reforçando, o que mais senti durante a leitura (além de irritação com Jacob) foi o quanto a história é forçada para incorporara as fotografias, mas é forçada sem sutileza alguma, sem despertar o interesse que a fotografia conseguiu despertar. Para completar, a leitura sugere provocar tensão e um pouquinho de terror, sendo que na verdade provoca alguns bocejos.
Uma pena que uma boa ideia como a de Ransom Riggs tenha sido aplicada de forma tão medíocre.
Capa do volume 1 e algumas das fotografias usadas. |
Tenho em mãos o segundo volume e pouca vontade de continuar a leitura, então, vou enrolar um pouco e angariar forças para conseguir seguir nesta empreitada ^.^
Volume 1
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