A Lenda da Sétima Virgem

The Legend of the Seventh Virgin.


Victoria Holt.








SINOPSE:





Segundo a lenda, seis noviças que viviam em um convento na Cornualha quebraram seus


 votos e, após saírem expulsas do convento, foram transformadas em pedra ao dançarem


 sob o luar. A sétima virgem, uma freira,  enfrentou um destino diferente: foi emparedada


 viva. Séculos mais tarde, quando o convento já era de propriedade da rica família


 St. Larnston, o destino mudou a vida de outra virgem.


Kerensa Carlee era apenas uma das meninas pobres do povoado, mas ela possuía grande


 ambição e beleza - e ela sabia como usá-los. Após começar a trilhar seu caminho,


 concretizando suas ambições pouco a pouco, ela vai trabalhar como criada na mansão


 onde a sétima virgem havia sido emparedada e dá inicio a sua jornada de sedução, 


trazendo loucura e tristeza aquela casa, seus moradores e todos que a cercam.




COMENTÁRIO:




Já li muitos livros de Victoria Holt e este foi um dos que mais desgostei. O clima gótico está


 lá, mas é apenas isto: clima. Nada realmente acontece além das maquinações da 


protagonista e relata sua vida desde os doze anos, voltando um pouco no tempo para 


relatar o que lhe havia acontecido antes de chegar a Cornualha, onde vivia com a avó e o 


irmão. Holt tem o hábito de relatar as vidas de suas protagonistas desde a infância, mas 


geralmente é um processo muito agradável de ler, já que favorece a inteiração com os 


personagens e ela não se prende a narração ano a ano, mas sim de fatos importantes para 


o desenvolvimento da trama. O que muito me desgostou neste livro e, ao mesmo tempo o 


tornou interessante, foi a  protagonista; ela é exatamente o tipo de personagem que 


normalmente faz o papel de vilã nos livros de Holt: egoísta, arrogante, fria e calculista e 


assim por diante. E o mais interessante ainda é que tem por amiga a moça que 


normalmente faz o papel de protagonista de Holt, a jovem forte, romântica, decidida, justa 


e assim por diante. Na maior parte dos livros de Holt sempre temos duas mulheres 


importantes na trama, a mocinha e alguém importante para ela que na verdade lhe deseja 


o mal ou lhe fara o mal por consequência de seus atos egoístas. Aqui Kerenza é a 


protagonista, mas é exatamente como as amigas, irmãs, etc que traem a protagonista 


comum e Mellyora é a sua amiga forte e bondosa, que é traída e usada e que normalmente 


faz o papel de protagonista.




SOBRE A TRAMA (Com Spoiler):




Kerenza é uma garota de doze anos que mora em uma casinha de sapé com o irmão mais 


novo e a avó. Sua mãe havia morrido anos atrás e seu pai, pescador, certo dia saíra para o


 mar e não voltara. Kerenza então pegara o irmão e o levara consigo numa longa viagem a


 pé até a casa da avó, numa cidade mineira da Cornualha. A menina era orgulhosa e 


arrogante e extremamente ambiciosa. Odiava e invejava a todos os que tinham mais que 


ela e tinha planos de grandeza para si e para o irmão. Logo no inicio do livro ela invade a 


propriedade dos St. Larnston para espiar o local onde haviam encontrado os ossos de uma 


mulher, confirmando em parte a teoria das 7 virgens. É daí que conhecemos personagens


 que vão ser muito importantes ao longo dos anos: Justin e John St. Larnston (o filho mais


 velho e o mais novo da família da Larnston), Kim (filho de um militar e colega de Justin 


na universidade) e Mellyora (a filha do reverendo). É triste, de inicio, acompanhar 


Kerenza em seu ódio, especialmente por Mellyora, porque esta tem belas roupas, sapatos e 


comida em casa. Sua descrição da moça como uma tola de cabelos loiros e olhos azuis vem 


por terra com o tempo. Mellyora é uma pessoa de vontade firme e bom coração. Numa 


virada de acontecimentos as duas se tornam próximas e íntimas e isso é mais trágico ainda. 


A filha do reverendo é apaixonada a muito tempo por Justin, mas era mais jovem que o


 rapaz (quase uma criança) e então ele se casa com a ultima filha de uma rica família com


 um vasto histórico de loucura. Kerenza, vivendo na casa do pastor, de criada passa a


 acompanhante de Mellyora, com quem aprende a ler e escrever e então passa a ter aulas 


com a professora da amiga. De menina sem sapatos a moça bela e estudada, cheia de classe 


de forma que, se não lhe conhecessem a história, jamais suspeitariam de suas origens. 


Então, o que Kerenza faz? Ela trai repetidas vezes a amiga que mudou sua vida para 


melhor e sempre  apoiou e protegeu. Casa-se com o irmão mais novo dos Larnston após 


muito trabalho (ele era uma pessoa desprezível, mulherengo, maldoso, arrogante, etc), 


fica grávida e passa a cuidar para que Justin jamais tenha filhos com a esposa, Judith e 


também que jamais a abandone por Mellyora porque apenas seu filho poderia herdar a 


propriedade e as terras da família. É repugnante sua inveja cada vez mais crescente e todos 


os demais sentimentos que lhe vão no coração. Casada com um homem que detesta, 


cobiçando tudo o que não lhe pertence, ela vai contribuindo para a tristeza de algumas 


pessoas, o que me fez detestá-la cada vez mais ( de certa forma ajudou na decadência de 


Judith, esposa de Justin, depois da morte da mulher ocultou fatos que impediriam que o 


povo suspeitasse de Justin ter matado a esposa e com isso conseguiu separar de vez a 


amiga dele; Justin partiu e jamais voltou a sua casa). O final foi perfeito, na minha opinião. 


Eu percebi logo de cara o que aconteceria e não me enganei. Depois de tudo o que havia 


feito, Kerenza ainda acalentava o desejo de casar-se com Kim, que quando jovem salvara 


seu irmão da morte. O marido de kerenza morre (aí há uma história interessante que 


deveria ter sido mais explorada) e ela sente-se realizada, pois poderia ficar com Kim e com 


a propriedade mas.... o marido dela havia dissipado a fortuna da família com jogo e ela se 


viu obrigada a vender a casa para Kim... só que tudo ficaria bem, uma vez que eles se 


amavam e casariam. Acontece que Kim nunca amou Kerenza, hahahaha. Ele amava 


Mellyora, então, comprou a propriedade para ajudar Kerenza e o filho e casou com 


Mellyora, que acabou sendo a senhora da casa que Kerenza tanto desejara. Castigo divino. 


Eu gostei muito desta parte. Mellyora foi finalmente feliz e Kerenza ficou sem seu amor. 


Eu resumi bastante a história. Muita coisa acontece e ao ler você se vê realmente 


participando das vidas daquelas pessoas. Gostei de Mellyora e fiquei triste por não poder 


acompanhar os pensamentos dela, a sua história por completo, ao invés da maldosa 


Kerenza. De longe é um dos piores livros de Victoria Holt que já tive nas mãos, mas, como 


sou fã dela, foi uma boa experiência, mesmo que só por ver a outra face de uma história, 


com a malvada sendo protagonista :-)


Gosto do artista que fez esta capa. Ele fez várias para livros de Phyllis Whitney e Mary Stewart. Tem um não sei que de charmoso nelas :-)

Não gostei desta capa. A mulher é loira, enquanto Kerenza tem cabelos tão negros que parecem azuis e achei a roupa e o cenário muito feios.

Apesar de gostar deste artista não entendo porque colocaram uma capa com uma mulher loira visivelmente usando roupas da década de 70.

Achei esta capa feia, apesar da mocinha estar vestindo a roupa correta segundo descrição do livro e o cenário ser interessante. Acho que o que mais me desagrada é o vestido dela ser branco, assim como as cortinas.

Oquei... mais uma mocinha loira e não de cabelos negros e com roupas que me parecem dos anos sessenta. Gosto deste artista, mas a capa não fecha com a história.

Minha capa favorita. Roupas corretas, casal com características físicas de acordo com a história. O detalhe vencedor foi o pente e a mantilha que a moça usa e que são descritas várias vezes no livro. Esta artista faz capas fabulosas e sempre e acordo com a história.

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