American Horror Story I

American Horror Story - Primeira Temporada




Na primeira temporada de AHS somos apresentados a família Harmon, que é formada por Ben, Vivien e a filha Violet. Eles mudaram para Los Angeles após um aborto sofrido por Vivien e um caso extra-conjugal de Ben. A família vai morar em uma casa enorme e antiga, bem localizada e cheia de segredos, os quais eles se quer imaginam.
Enquanto Vivian restaura algumas partes da casa, Ben atende seus pacientes no escritório, Violet vai a escola e eles tentam se ajustar... sem muito sucesso. O primeiro paciente de Ben é Tate, um dos filhos de sua vizinha, Constance. O rapaz e Violet se tornam amigos e logo em seguida namorados, apesar de Tate ser um rapaz muito, muito estranho e cheio de problemas; alias, Tate é um personagem bem interessante. É o único filho de Constance sem algum problema aparente (a menina tem Down e o outro rapaz nasceu com uma grande deformidade), na realidade ele parece um anjo, só que é a encarnação do mal. 
A família acaba descobrindo que desde que a casa foi construída já ocorreram mais de 20 mortes violentas no local (a casa é conhecida como The Murder House). É interessante que cada episódio tem um prólogo no passado, quando ocorreu alguma morte na casa maldita. O mais terrível é que quem morre naquele terreno não pode mais sair de lá, exceto no Halloween. Os coitados (ou não) estão presos para sempre a casa, tendo de "conviver" pela eternidade. 
A trama principal gira em torno da gravidez de Vivian, que tem relações com o marido e com "alguém" vestido num traje sado-masoquista de borracha todo preto (achando que é o marido), o romance de Violet e Tate, a presença assídua de Constance (que parece envolvida em muitos dos segredos daquele lugar) e Ben, jamais acreditando que há algo de errado na casa (eu odiava o Ben. O cara era um imbecil total) e babando pela empregada sedutora e assanhada, Moira.
Apesar de os  Harmon serem os protagonistas, Tate e Constance roubaram a cena e se tornarem os principais personagens da série, apenas pelo fato de serem interessantes. Jessica Lange e Evan Peters transformaram estas ótimas personagens em elementos essenciais para o desenvolvimento da trama e dos demais personagens. Constance era fria e calculista em sua marcha para alcançar seus objetivos e Tate era hora frágil, inseguro, apaixonado e sensível, hora violento, impiedoso e maldoso ao extremo. Ah, não posso esquecer a empregada Moira, vista pelos olhos dos homens como uma bela e tentadora jovem ruiva e pelas mulheres como uma senhora respeitável e recatada, assim como não posso esquecer da atuação soberba de Zachari Quinto como um gay amargo e cínico chamado Chad, que teve uma morte terrível e ficou condenado a passar a existência ao lado de quem ama e não o quer mais.
American Horror Story é cheia de clichês, mas eles foram costurados de tal forma que, após um inicio confuso, prendeu minha atenção de tal maneira que fiquei fascinada. É muito difícil encontrar produtos que mostrem um terror mais perturbador do que cheio de sustos fáceis. AHS é isso: pura perturbação e, depois que você termina de assistir o episódio ele fica lá, na sua mente, te assombrando por um bom tempo.
Mais uma coisa interessante sobre AHS é que cada temporada tem inicio, meio e fim, concluindo a história, deixando algumas questões sem resposta, mas atando a maioria dos nós. Tenho que dar os parabéns para a coragem de mostrar temas envolvendo amor, morte, aborto, maternidade, traição e, crianças (elas me matam de susto em filmes e séries de terror - horror) sem amenizar os golpes (algumas das mortes doeram até em mim).
Se você é uma pessoa que gosta de um roteiro que te dá os elementos sem entregar tudo mastigadinho e que, exatamente por isso, te faz pensar, AHS é uma série recomendada. Sem esquecer que a série não se prende a censuras e algumas cenas são bem fortes (sejam de violência, sejam de sexo).


Ben, o traidor e cretino.

Vivien, que entrou de gaiata.

Violet, rebelde sem causa.

Tate. Adorável?!

Constance, a estrela.

Young Moira.

Old Moira.



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