Anne Rice
SINOPSE:
Azriel, em vida um jovem judeu, após a morte torna-se o servo dos ossos, um viajante poderoso, inteligente e sedutor. Azriel se rebela ao ser transformado em imortal por feiticeiros com objetivos maléficos. Ele vaga pelos séculos sem nunca estar nefesh — ou seja, com o corpo e a alma juntos. Azriel nos revela sua impressionante história desde a juventude na Babilônia, passando pela Europa da Idade Média até chegar a Manhattan dos anos 90, onde volta a encontrar seu destino. O personagem irá confrontar-se com um ambicioso e carismático multibilionário, o televangelista e terrorista Gregory Belkin — uma versão atualizada dos seus demoníacos inimigos. Ele terá que usar todos os seus poderes para conter uma conspiração que coloca o mundo em risco.
COMENTÁRIOS:
Neste livro de Anne Rice não temos nem vampiros, nem bruxas, nem múmias e sim um Gênio. Achei interessante ler algo sobre este tipo de criatura fantástica, mas, como comprei quase todos os livros publicados pela autora com criaturas fantásticas, nem sabia direito sobre o que se tratava antes de começar a leitura.
O protagonista deste livro é Azriel, filho de um comerciante judeu na antiga Babilônia. Vivendo em meio a opulência e esplendor da corte, o jovem começa a cultuar Marduk, o deus babilônio e, depois de algum tempo, passa a vê-lo e a conversar com ele.
Quando os membros do conselho descobrem a capacidade que Azriel tem de se comunicar com Marduk, elaboram um plano em que o rapaz seria usado na realização de uma cerimônia de invocação, mas a cerimônia acaba por dar errado e Azriel vira o Servo dos Ossos, um gênio que deve obedecer ao seu mestre (aquele que possui seus ossos envoltos em ouro), só que Azriel não é bom em obedecer.
A história da origem de Azriel é alternada com a busca que ele faz pelo assassino de Esther Belkin, já que ele é invocado minutos antes da moça morrer. Ele sente que há uma ligação entre sua invocação e a morte de Esther, enteada de Gregory Belkin - líder de um culto chamado "O Templo da Mente de Deus". De repente mergulhamos em uma espécie de Thriller policial em que Belkin planeja uma Jihad contra a maior parte do mundo civilizado, liberando uma toxina no ar. Eu confesso que esta mistura, de policial com sobrenatural, não ficou bem desenvolvido.
Embora Anne Rice tenha escrito com uma criatura sobrenatural que não é um vampiro, os temas por trás do protagonista continuam os mesmos; Azriel é imortal (de certa forma) e assim se tornou contra sua vontade, muitas vezes desejando a liberdade que a morte lhe daria (lembra, em alguns momentos, o choroso Louis). Além disso Rice descreve trechos de diferentes períodos da história em que Azriel viveu.
Para ser sincera eu não gostei deste livro e achei impossível sentir simpatia por Azriel e acreditar nele como um protagonista forte; num minuto ele é o portador da morte para quem se opõe a seu mestre (morte cruel e dolorosa, diga-se de passagem), depois ele não obedece mais a ninguém e de repente ele sofre com a ideia de tirar a vida de uma pessoa.
O Servo dos Ossos é um livro repetitivo, o que o torna muito entediante, além disso, a parte sobre bioterrorismo e a parte religiosa-histórica parece apenas um amontoado de informações absurdas ou entediantes que tornam a sua leitura um sofrimento.
O inicio do livro é interessante, pelo menos a parte na Babilônia, mas depois disso vai ficando muito chato e a parte sobre Belkin é tão ridícula que eu passei batido pelas paginas, torcendo para que o sofrimento acabasse logo.
Outra semelhança com a série de livros de vampiros de Rice é o que conduz a história; Azriel conta seu passado, origem e presente a um escritor, para que este escreva um livro com sua "biografia", algo parecido com Louis contando o que lhe aconteceu ao repórter em Entrevista com o Vampiro.
Resumindo, o livro é um amontoado de idéias que parecem ter sido jogadas no papel sem serem ligadas de forma adequada e os personagens são superficiais, mas tão superficiais que ao ler eu não me importei a mínima com o que aconteceria a eles.OBS:
O Servo dos Ossos foi quadrinizado em uma coleção de seis volumes. Aparentemente a história está tão confusa nos quadrinhos quanto no livro, mas a arte é bonita e lembra Witchblade.
Capa do meu exemplar.
Chama a atenção e me lembrou as aulas de História da Arte.
Capa ao estilo "gatinho" de ser.
Lembra a capa da primeira edição de Entrevista com o Vampiro.
Que capa feia!!!!
2 comentários:
Não tenho muita simpatia pelos livros de Anne Rice. O primeiro, e único, livro que li dela, foi "Vittório, o Vampiro" (ou algo parecido) e como a historia não me conquistou, não tive vontade de ler outros.
No entanto, ler sobre um Genio parece ser interessante. Nunca li nada do tipo. Mas como sua resenha não foi positiva, não me vejo lendo outro livro dela tão cedo.
brazilianreaders.blogspot.com.br
@blogbreaders
Nathalia, nem todos os livros da Anne Rice são ruins, na verdade :-)
Alguns são bem bons, mas os melhores, na minha opinião, são Entrevista com o Vampiro e O Vampiro Lestat. A forma de escrita é bem diferente; mais charmosa e gótica. Depois disso ela começou a escrever de forma mais crua.
Seja bem vinda e volte sempre ;-)
Bj, Aris.
Postar um comentário