Fringe (a tênue linha)


Antes de mais nada, NÃO FUJA só porque o assunto é uma série de ficção científica! Calma. Respire fundo, leia este texto com atenção e prepare-se para uma jornada que nada mais é, que uma bela história de amor, ou amores, como explicarei adiante.

Vamos começar do princípio, o piloto da série. Assista, mas ignore-o; foi feito para tentar convencer os empresários a investirem na série, mostrando drama de namorados e perseguições policiais; isto NÃO é a série.  O piloto mostra uma agente do FBI, Olívia Dunham (Anna Torv) tentando desvendar casos ligados a ciência, o pano de fundo recorrente na série, onde alguém acaba sendo levado, por arrogância, curiosidade ou ignorância, a cruzar a tênue linha ética que impede, por exemplo, um biólogo de criar um vírus da gripe mortal e sair espalhando ele por aí. O problema é que o FBI não tem nenhum cientista brilhante o suficiente para entender os que cruzam tal linha, então decide usar alguém que já o fez anteriormente, Walter Bishop (John Noble), renomado cientista que já fez pesquisas para o governo americano, mas existe um problema: ele está internado em um hospício e declarado louco; a solução então é trazer para seu lado, Peter (Joshua Jackson), filho de Walter e que se tornou uma espécie de golpista. Isto é tudo que é necessário se saber sobre o início da série, além de um fato: esqueçam Dawnson's Creek, Joshua Jackson é um grande ator, John Noble nem se fala (o rei de Gondor em Senhor dos Anéis), e você pode não acreditar vendo a primeira temporada, mas a Anna Torv também.

Seguindo adiante, temos uma primeira temporada em que não existe uma trama central, mas episódios da semana, o que não impede de a série começar a ficar muito boa após os primeiros 5 episódios um tanto fracos. De fato, é a série que até hoje mais me lembrou Arquivo-X em seus bons tempos (até a quinta temporada). Ao final da temporada é que somos brindados com o plot central da série: universos paralelos. *SPOILERS*. De fato, descobre-se que Peter é de outro universo, e foi roubado por Walter para poder salvá-lo da mesma doença que matou seu filho. E é a partir daí que os atores de Fringe começam a brilhar, pois, salvo Peter, cada um deles tem uma contraparte no universo alternativo, com personalidades completamente diferentes; por exemplo, Walter torna-se ministro de estado e quer destruir o universo que roubou o seu filho, Olívia, ao invés de ser retraída e focada é uma ruiva divertida e que fala pelos cotovelos. Com o tempo você se apega a todas estas variações de cada personagem, suas perdas e erros doem na alma, pois a série consegue a incrível façanha de ter personagens bem construídos e carismáticos mesmo se tratando de ficção científica. TODOS os personagens são explorados e tem sua história e motivações, todos, até os vilões.

E assim, passamos ao eixo central de Fringe: o amor. Mas não espere aquele tipo água-com-açúcar pronto para consumo que Hollywood costuma produzir, aqui, como a ciência que explora, Fringe é muito complexo e trabalha diversos ângulos. Somos brindados com um amor entre protagonistas, desenvolvido com lentidão o suficiente para não parecer algo forçado, a amizade entre colegas, a paixão platônica que nunca será, além do principal entre todos estes: o amor de um pai pelo seu filho, que cruza dimensões para salvar o filho de seu eu alternativo, não consegue lidar com as consequências que a ação desencadeia pesando-lhe a consciência e de um filho que descobre ter sido roubado e ainda assim não consegue deixar de tentar entender a razão disto tudo. Também temos a paixão pela humanidade, como um ser sem sentimentos consegue admirar-nos por nossas paixões e falhas, e até pelos animais - você jamais irá ver as vacas de forma igual. A coisa mais próxima de Fringe neste aspecto, que eu já assisti, é Simplesmente Amor (Love Suddently).

Somando tudo isto, em Fringe você vai encontrar muito mais que uma série bobinha com referências nerds, como Big Bang Theory, ou conspirações como em Arquivo-X; em Fringe você encontra ensinamentos sobre o que é ser humano, que irão calar fundo em sua alma, e que, com sorte, um dia você conseguirá ficar feliz quando receber um singelo papel com alguns rabiscos que formam uma petúnia.



PERSONAGENS PRINCIPAIS:

Anna Torv - Olivia Dunham - Agente da Divisão Fringe do FBI

Joshua Jackson - Peter Bishop - Cientista (filho do Dr, Walter)

John Noble - Walter Bishop - Cientista

Lance Reddick - Phillip Broyles - Agente do Departamento de Segurança Interna / Diretor Divisão Fringe

Jasika Nicole - Astrid Farnsworth - Agente Junior do FBI (Técnica de Laboratório)

Blair Brown - Nina Sharp - COO da Massive Dynamic

Seth Gabel - Lincoln Lee - Agente do FBI / Agente da Divisão Fringe

Leonard Nimoy - William Bell - Fundador e CEO da Massive Dynamic

AQUI você pode ver a lista de episódios de todas as temporadas de FRINGE.

Família Fringe, da esquerda para a direita:
Astrid, Broylles, Walter, Olivia, Peter, Nina e Lincoln.
Que saudades eu sinto de todos eles.

Estes são os Glife Codes; eles apareciam durante o episódio e cada imagem significava uma letra. Ao fim do episódio tínhamos uma palavra, referente ao que acontecera ou aconteceria.

O trio principal. Impossível não amá-los, especialmente Walter.

Não podemos esquecer da Gene, a vaca mais legal de todos os universos :-D

Gene tinha até "roupas" do FBI.

Peter e outro personagem importante e adorável: Setembro.

Coisas de Walter.

E com você, Lincoln para encerrar :-)

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